Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O vice-presidente setorial de Soberania Política, Segurança e Paz, General em Chefe Vladimir Padrino López, destacou a “efervescência total do povo nas ruas” durante o segundo dia de alistamento da Milícia Nacional Bolivariana que acontece neste domingo, 24 de agosto, em todo o território venezuelano.

Do estado de Miranda, onde supervisionou pessoalmente o processo de incorporação ao quinto componente das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB), Padrino López destacou que a disposição demonstrada pelos cidadãos de se alistar mostrou “o grau de consciência que o povo venezuelano alcançou” e que “a Pátria está no centro do sentimento popular”.

“Há uma efervescência total do povo na rua, o caráter profundo da alma do povo venezuelano é a força que os coloca na linha de frente. É uma questão de integralidade, de Pátria; o comandante-em-chefe colocou a Pátria no centro além das ideologias, diferenças de partidos políticos. De tudo o que nos diferencia como seres humanos, a Pátria vem em primeiro lugar”, disse o oficial sênior.

‘Eu me alisto’

A segunda fase da mobilização nacional está sendo realizada sob o lema “Eu me alisto”, incorporando milicianos, reservistas e cidadãos nos 15.751 pontos montados em quartéis militares, praças públicas e bases populares de defesa integral distribuídos por todo o país, após a convocação presidencial neste sábado.

O general-em-chefe enfatizou que o apelo foi direcionado ao “sentimento popular” e ressaltou o caráter voluntário do processo de alistamento, destacando como o comandante-em-chefe conseguiu colocar “a Pátria no centro além das ideologias, diferenças de partidos políticos, de tudo o que nos diferencia como seres humanos”.

15.751 pontos de alistamento foram montados em quartéis militares, praças públicas e bases populares de defesa integral 
Reprodução Instagram @NicolasMaduro

O alistamento responde ao apelo presidencial iniciado após o envio de forças navais e aéreas dos EUA no Mar do Caribe, uma ação justificada por Washington como parte de operações antinarcóticos, mas interpretada pela Venezuela como uma ameaça à sua soberania territorial.

“Amanhã, domingo, continuamos, conforme anunciado, nas praças de Bolívar, as principais praças de todos os municípios do país. Eu me alisto porque amo meu país; junto com sua família, junto com sua comunidade, prepare-se e junte-se às fileiras”, declarou o presidente Maduro anteriormente.

Resposta massiva no primeiro dia histórico

O dia de abertura, sábado, 23 de agosto, registrou uma participação extraordinária de homens, mulheres, jovens e idosos, que vieram com suas famílias para se juntar ao sistema de defesa nacional construído durante os anos da Revolução Bolivariana.

O presidente Maduro descreveu esta primeira fase como um dia de “nacionalidade, patriotismo e amor pela Venezuela”, destacando o compromisso demonstrado pelos venezuelanos que responderam ao chamado para defender a pátria contra qualquer ameaça estrangeira.

“Então, não fique em casa; comparecer e alistar-se por amor ao nosso país”, enfatizou o chefe de Estado por meio de seu canal Telegram, lembrando as palavras de Alí Primera e do comandante Hugo Chávez: “quando a corneta da pátria chama, até o grito da mãe se cala”.

Durante o primeiro dia, foram registradas opiniões e contribuições de todos os cidadãos cadastrados, que expressaram seu compromisso com a defesa nacional. “Há tantas coisas bonitas que o povo diz em defesa da história de nossa pátria, do direito de nosso país”, disse Maduro.

A atividade faz parte do Plano Nacional de Soberania e Paz Simón Bolívar, uma estratégia integral destinada a fortalecer as capacidades defensivas do país e garantir o pleno exercício da soberania nacional e da integridade territorial.

Oposição venezuelana rejeita interferência dos EUA

Ao mesmo tempo, várias figuras da oposição venezuelana expressaram sua rejeição à intervenção dos EUA nos assuntos internos do país, enfatizando que nenhuma nação estrangeira deve tomar decisões que correspondam exclusivamente ao povo venezuelano.

Em comunicado lido pelo governador do estado de Cojedes, José Alberto Galíndez, juntamente com prefeitos, legisladores, deputados, vereadores e líderes políticos e comunitários, expressaram que as políticas “que produzem repressão ou buscam sanções, ou intervenção estrangeira, não fornecem soluções duradouras para o bem-estar de nosso povo”.

Maduro enfatizou a importância de superar as diferenças políticas internas diante das ameaças externas: “não dependamos de ninguém além de nós mesmos”, disse, ao pedir unidade nacional em defesa da soberania.

Intelectuais e artistas internacionais também levantaram suas vozes contra a agressão dos EUA. A Rede de Intelectuais e Artistas em Defesa da Humanidade (REDH) denunciou as ações ilegais do governo dos EUA contra a Venezuela, incluindo a oferta de uma recompensa contra o presidente Maduro.

A REDH exigiu que organizações como a CELAC protejam a vida de Maduro, respeitem a soberania e a autodeterminação venezuelanas e promovam a rejeição global dessas violações do direito internacional.