Sábado, 6 de dezembro de 2025
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No âmbito do seu discurso de abertura da 89ª edição do programa Con Maduro +, o presidente constitucional da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro Moros, qualificou de impressionante a semana recentemente concluída de ativação do poder da nação venezuelana: a perfeita união e fusão do povo, das suas Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) e das suas forças policiais num único plano para garantir a paz e a soberania alcançadas no país sul-americano.

“Alguns acreditarão que a ameaça é contra a Venezuela. A ameaça é contra todos. Se ameaçam um, ameaçam todos. Se tocam em um, tocam em todos. E a Venezuela vem construindo seu poder pela liberdade, democracia e paz. Em primeiro lugar, está o poder moral. Estamos certos, somos pessoas boas, com um ideal: Bolívar , acima de tudo, inerente a nós”, explicou o chefe de Estado.

Ele também lembrou uma frase do Libertador Simón Bolívar: “Povos livres derrotam impérios poderosos”, aludindo à recente escalada de ameaças dos EUA contra a nação venezuelana e seu governo, com um destacamento militar no Caribe, que põe em risco a Zona de Paz declarada na América Latina e no Caribe desde 2014. Ele tenta vincular as autoridades bolivarianas ao narcotráfico, incluindo o presidente Maduro Moros, para justificar um capítulo de agressão armada baseada em ferramentas de guerra híbrida.

Segundo o presidente, o primeiro poder do povo venezuelano é sua ética, sua espiritualidade, sua história, sua moral. “E esse poder é ativado em um nível que o império não pode imaginar”, alertou o presidente, referindo-se ao que chamou de “o poder espiritual deste templo sul-americano de liberdade que é a Venezuela”.

Maduro Moros relatou a ativação progressiva do poder popular mobilizado nas ruas; o poder de todas as forças políticas do país, da esquerda radical à direita, do Grande Polo Patriótico a cerca de trinta partidos e movimentos de oposição e figuras conhecidas da oposição venezuelana. “Ativamos vigorosamente o poder público nacional”, insistiu.

A propósito, ele explicou que existem cinco poderes constitucionais na Venezuela desde 1999. Ele lembrou que o poder legislativo do país (Parlamento) emitiu uma declaração unânime defendendo os direitos sagrados da Venezuela de exercer sua soberania, autodeterminação e paz.

'O primeiro poder que temos é a nossa ética, a nossa espiritualidade, a nossa história, a nossa moral, e esse poder é ativado num nível que o império nem consegue imaginar', disse Maduro

‘O primeiro poder que temos é a nossa ética, a nossa espiritualidade, a nossa história, a nossa moral, e esse poder é ativado num nível que o império nem consegue imaginar’, disse Maduro
Presidential Press

Da mesma forma, o dignitário reconheceu a intensa mobilização do Judiciário venezuelano, incluindo o Supremo Tribunal de Justiça, bem como o Poder Cidadão. A Procuradoria-Geral da República, a Defensoria Pública e a Controladoria-Geral da União, que atua como a principal autoridade moral do país, também deram um importante passo à frente.

“O Poder Eleitoral, projeto de Bolívar de 1826, também adotado e em processo de aceleração do desenvolvimento de circuitos comunais, consultas trimestrais, voto permanente e a soberania intransferível do povo. E o Poder Executivo liderando a batalha de um país inteiro por seu direito à paz, à soberania e ao seu direito a um futuro”, acrescentou Maduro Moros.

O Comandante-em-Chefe da FANB enfatizou que o que aconteceu nos últimos dias com o sistema de defesa nacional é resultado de um intenso processo de aceleração e reorganização dinâmica, já que o sistema está implantado 24 horas por dia, 365 dias por ano.

“Para o sistema de defesa nacional, com sua capacidade de combate e luta armada, não há descanso. Estamos mobilizados em 164 URRAs (Unidades de Reação Rápida das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas) em todo o país, lutando com armas. Isso faz parte da luta armada do povo venezuelano contra gangues criminosas, gangues de traficantes e a conspiração fascista que está sendo preparada do exterior com mercenários”, argumentou o presidente.

90% dos venezuelanos rejeitam ameaças dos EUA

O chefe de Estado destacou a precisão dos sistemas de medição do governo venezuelano, que lhe permitem interpretar a unidade da população em prol da paz e em defesa da soberania.

“Há uma rejeição massiva, um repúdio enorme (…) contra as pessoas que clamam por invadir, bombardear, matar e incutir violência no país. E posso dizer que a rejeição aos anúncios e ameaças do governo dos EUA contra o nosso país ultrapassa 90%”, afirmou Nicolás Maduro durante entrevista a Boris Castellanos, jornalista da Televisão Venezuelana (VTV).

Castellanos mencionou que uma pesquisa realizada pela agência nacional de opinião pública Hinterenlaces constatou que 83% dos venezuelanos, de todos os espectros políticos, rejeitam a ideia de que “a queda do governo está se aproximando”, enquanto apenas 9% concordam. Portanto, eles não percebem a instabilidade política na Venezuela projetada por análises externas.