Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A presidente do poder Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, desembarcou nesta quinta-feira (05/12) em Montevidéu, no Uruguai, para participar da cúpula de presidentes do Mercosul, que vai até a próxima sexta-feira (06/12).

Existe a expectativa de que a conclusão das negociações para o acordo entre o bloco sul-americano e europeu seja anunciada durante a reunião, sentimento reforçado pela presença de Von der Leyen.

“A linha de chegada do acordo UE-Mercosul está próxima. Vamos trabalhar, vamos atravessá-la. Temos a oportunidade de criar um mercado de 700 milhões de pessoas, a maior parceria comercial e de investimentos que o mundo já viu. Ambas as regiões serão beneficiadas”, escreveu a presidente da Comissão Europeia, nas redes sociais.

Durante a semana, uma porta-voz do Executivo da UE chegou a dizer que não estava prevista nenhuma viagem de Von der Leyen à América Latina, lançando dúvidas sobre o sucesso das tratativas.

European Parliament/Flickr
Há expectativa de que conclusão das negociações para acordo entre Mercosul-UE seja anunciada durante reunião

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, aprovou o texto do acordo, segundo o portal UOL, que informou a entrega do texto a Lula após negociações entre representantes de Mercosul e UE em Brasília, na semana passada.

Na última segunda-feira (02/12), o embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, disse que o governo brasileiro está “otimista em concluir as negociações ainda neste ano”, contudo descartou a hipótese de assinatura na cúpula do Mercosul.

Divulgação campanha bandeira Opera Mundi

Os governos do Uruguai e da Argentina também manifestaram apoio ao texto, segundo diplomatas consultados pelo UOL, mas o Paraguai ainda apresenta alguma resistência, de acordo com as mesmas fontes.

O acordo comercial entre Mercosul e UE é negociado há 25 anos, e um texto chegou a ser anunciado em 2019, mas nunca foi ratificado. Em 2023, as discussões foram reabertas devido a novas exigências ambientais de Bruxelas que não foram bem recebidas pelos países sul-americanos.

Embora conte com o apoio da Alemanha, o acordo enfrenta resistência dos governos de países como França e Polônia, pressionados por agricultores que temem a concorrência de produtos do Mercosul. Já a Itália se diz favorável ao tratado, mas pede mudanças no capítulo sobre agropecuária.

(*) Com Ansa