Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (29/10) que quatro supostos “narcoterroristas” foram mortos em um novo ataque contra uma embarcação associada ao tráfico de drogas no oceano Pacífico. A informação foi confirmada pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth, em publicação na plataforma X, um dia após outra operação norte-americana ter resultado na morte de 14 pessoas.

“Hoje cedo, sob ordens do Presidente [dos Estados Unidos Donald] Trump, o Departamento de Guerra realizou um ataque cinético letal contra mais uma embarcação de narcotráfico operada por uma Organização Terrorista Designada (OTD) no Pacífico Oriental”, disse, alegando, sem provas, que a embarcação estava envolvida no “contrabando de narcóticos, transitava por uma rota de narcotráfico conhecida”. 

Ainda segundo o representante do Pentágono, informações de inteligência indicaram que a embarcação “transportava entorpecentes”. Nenhum soldado norte-americano ficou ferido.

Desde o início da alegada “campanha antidrogas” conduzida pela Casa Branca, um total de 62 pessoas já foram mortas em ataques promovidos pelas forças armadas nas águas internacionais, em especial, perto da costa venezuelana.

Até o momento, o governo de Donald Trump não divulgou detalhes sobre a identidade das vítimas nem a localização exata do ataque. Com a operação desta quarta-feira, já são 15 embarcações bombardeadas pelos EUA em pouco mais de um mês, sendo oito no mar do Caribe e sete no Pacífico.

Captura de tela do ataque norte-americano a embarcação no Oceano Pacífico
X/Pete Hegseth

Venezuela

O governo da Venezuela de Nicolás Maduro vem denunciando o que classifica de “ameaça direta à soberania regional” perpetrada pelos Estados Unidos. No domingo (26/10), Caracas relatou, após prender um grupo de mercenários, que eles teriam como objetivo cometer um ataque de bandeira falsa ao navio USS Gravely, atracado em Trinidad e Tobago, em conluio com a CIA.

“Em nosso território está sendo desmantelada uma célula criminosa financiada pela CIA [Agência Central de Inteligência], vinculada a esta operação encoberta”, declarou o chanceler Yván Gil. Ele comunicou ao arquipélago sobre a suposta ação.

Na última sexta-feira (24/10) o presidente Maduro confirmou a criação de brigadas internacionais para defender a “independência, soberania e paz” nacionais em caso de agressão ou intervenção por parte dos Estados Unidos. Na segunda, milhares de cidadãos inundaram as ruas de vários municípios do país em protesto contra a movimentação militar de Washington na região.

(*) Com Ansa