Bruxelas libera mais € 1 bilhão em lucros de ativos russos congelados para Kiev
Comissão Europeia anunciou liberação de sétima parcela para Ucrânia totalizando € 9 bilhões neste ano; Moscou classifica medida de 'roubo'
A Comissão Europeia anunciou nesta sexta-feira (22/08) a liberação para Kiev de uma nova parcela de € 1 bilhão de rendimentos gerados por ativos do Banco Central russo que estão congelados nas instituições financeiras ocidentais desde o início da Guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Ao todo, os EUA e a UE congelaram mais de US$ 300 bilhões em ativos estatais russos. Apenas neste ano, já foram destinados € 9 bilhões (US$ 10,5 bilhões) para a Ucrânia em empréstimos lastreados nos juros acumulados.
Em 2024, informa reportagem da RT, o G7 aprovou um pacote de US$ 50 bilhões em crédito para a Ucrânia, também sustentado pela receita desses ativos bloqueados. Bruxelas se comprometeu a aportar cerca de US$ 21 bilhões dentro desse esquema.
‘Roubo’
Moscou classifica tanto o congelamento, quanto o uso dos ativos, como uma violação frontal do direito internacional; e acusa o Ocidente de usar a guerra para praticar um “roubo”. O Kremlin também promete retaliações no sistema financeiro global.
Embora os países do bloco tenham descartado até agora o confisco direto do dinheiro russo, alguns governos europeus defendem abertamente a transferência integral desses recursos. Outros, porém, enxergam riscos jurídicos e políticos em uma medida desse porte.

Moscou classifica tanto o congelamento, quanto o uso dos ativos, como uma violação frontal do direito internacional
Reprodução / Kremlin
Em entrevista concedida à Rossiya-1, em junho deste ano, o vice-chefe do governo russo, Maksim Oreshkin, afirmou que o simples congelamento dos ativos foi suficiente para abalar a credibilidade do sistema. “Toda essa situação é um duro golpe para o sistema financeiro ocidental e para os países ocidentais. Isso não é algo que possa acontecer – já aconteceu. O dano já está feito”, disse.























