Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O presidente da China, Xi Jinping, vai presidir cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), que acontece na cidade portuária de Tianjin, no norte da China, entre 31 de agosto e 1º de setembro.

Mais de 20 chefes de Estado irão comparecer ao fórum de segurança regional, entre eles o presidente russo, Vladimir Putin e o primeiro-ministro indiano, Narenda Modi, além de líderes da Ásia Central, do Oriente Médio, do Sul da Ásia e do Sudeste Asiático.

Vista como um contraponto estratégico à influência da OTAN e dos Estados Unidos, a OCS foi fundada em 2001. Dez nações pertencem ao bloco: China, Rússia, Índia, Paquistão, Irã, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Uzbequistão.

A cúpula, segundo o vice-ministro das Relações Exteriores da China, Liu Bin, é a “maior desde a fundação” da OCS. O espírito do bloco, destacou a autoridade chinesa, é baseado em confiança mútua, benefício compartilhado e respeito pela diversidade.

Índia

Será a primeira visita de Modi ao país em sete anos e ela ocorre após Washington dobrar as tarifas sobre exportações indianas para 50%, em retaliação à manutenção das compras de petróleo russo por Nova Délhi.

A viagem é vista como uma oportunidade da Índia de estreitar os vínculos com Pequim e Moscou em busca de alternativas comerciais e políticas frente à escalada tarifária de Trump. As novas taxas atingem setores intensivos em mão de obra da economia indiana, como têxteis e joias, afetando dois terços de suas exportações para os EUA.

Modi e Putin participam de cúpula na China no próximo domingo (29/08)
Imprensa do Kremlin

Segundo The Guardian, o governo lançou uma ofensiva comercial em 40 países, de Reino Unido a Coreia do Sul, para compensar parte das perdas. Paralelamente, Modi reforçou os vínculos com o Japão, anunciando investimentos de até ¥10 trilhões (US$ 68 bilhões) na próxima década, incluindo um aporte de US$ 8 bilhões da Suzuki.

Com a presença ao lado de Xi e Putin, Modi busca não apenas estabilidade na relação com a China — congelada desde o confronto mortal na fronteira do Himalaia em 2020 — mas também reafirmar a importância da parceria com Moscou, essencial para segurança energética e compras de armamentos, afirma o jornal britânico.

Dia da Vitória

O presidente russo comunicou que irá participar ao lado de Kim Jon Un, da Coreia do Norte, e de lideranças de 26 países, das comemorações do 80ª aniversário do Dia da Vitória em Pequim, na próxima quarta-feira (03/09).

A última vez que Putin esteve na China foi em 2024. À agência estatal TASS, o embaixador de Pequim em Moscou, Zhang Hanhul, disse que a reunião entre os mandatários russo e chinês “determinará a direção do desenvolvimento das relações bilaterais e um novo impulso ao aprofundamento da cooperação em todas as áreas”.

A presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff e o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, também estarão presentes no desfile militar.