Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A epidemia do vírus da zika, que afetou mais de 75 países no período de um ano, deixou de constituir uma emergência sanitária de alcance internacional, anunciou nesta sexta-feira (18/11) o presidente do Comitê de Emergências da OMS (Organização Mundial da Saúde), David Heymann.

O Comitê de Emergências da OMS se reuniu nesta sexta-feira pela quinta vez para avaliar o avanço da epidemia e decidiu que, apesar da contínua expansão geográfica e das incertezas sobre os efeitos neurológicos, a epidemia já não constitui uma emergência sanitária.

A emergência foi declarada em 1º de fevereiro após um aumento extraordinário de casos de microcefalia em bebês relacionados com o vírus da zika.

“A emergência sanitária de alcance internacional foi declarada ao percebermos um extraordinário e não explicado aumento dos casos de microcefalia. Não foi declarada para deter a expansão da infecção, como no caso do ebola, mas para fazer todo o possível para entender os casos de microcefalia”, explicou Heymann em teleconferência após a reunião do Comitê.

Agência Efe

OMS considera que epidemia de zika já não constitui uma emergência sanitária

Emergência foi declarada em fevereiro após aumento de casos de microcefalia em bebês relacionados com vírus da zika

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O cientista lembrou que meses depois da declaração foi possível determinar com base científica que os casos de microcefalia estavam diretamente vinculados com a infecção por zika, por isso o objetivo ao declarar a emergência foi cumprido. “Necessitávamos entender de onde vinham esses efeitos, agora sabemos”, comentou Heymann.

O presidente do Comitê explicou, além disso, que outro dos objetivos da declaração de emergência era estabelecer recomendações para evitar o contágio, o que foi cumprido.

“A zika se transformou em um problema a longo prazo, de suma importância, mas que não é urgente, por isso já não constitui uma emergência sanitária de alcance internacional, embora para alguns países, como o Brasil, siga sendo uma emergência”, concluiu.

No entanto, de acordo com o Comitê, a epidemia ainda é considerada “uma prioridade” para a entidade e um problema de saúde maior “a longo prazo”.

A OMS estabelecerá um grupo de especialistas para continuar a monitorar a epidemia e seus efeitos, além de realizar pesquisas a longo prazo.