Museu do Louvre é reaberto três dias após assalto estimado em R$ 550 milhões
Apesar da reabertura, partes do museu mais visitado do mundo permanecem fechadas aos visitantes; de nove peças roubadas, apenas uma foi encontrada
O Museu do Louvre, em Paris, reabriu suas portas ao público na manhã desta quarta-feira (22), três dias após um assalto que resultou no furto de nove joias da antiga monarquia francesa, avaliadas em aproximadamente 88 milhões de euros (R$ 550 milhões).
No entanto, apesar da reabertura, partes do museu mais visitado do mundo, incluindo a Galeria de Apolo, palco do crime, permanecem fechadas aos visitantes.
O furto ocorreu no último domingo (19/10), quando quatro ladrões usaram uma escada mecânica acoplada a um caminhão para invadir o museu pelo primeiro andar. Os criminosos quebraram duas vitrines que exibiam joias da era napoleônica, roubaram nove peças e depois fugiram de moto, em uma ação que durou menos de 10 minutos.
“A investigação continua”, assegurou o ministro do Interior da França, Laurent Nuñez, em meio aos questionamentos contra o esquema de segurança no Louvre, cuja diretora-presidente, Laurence des Cars, é aguardada para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido perante a Comissão de Cultura do Senado.
Pela manhã, dezenas de visitantes aguardavam na fila sob forte esquema de segurança para entrar no museu, enquanto a polícia segue em busca dos assaltantes — até o momento, apenas uma coroa da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, com 1,4 mil diamantes e esmeraldas, foi encontrada danificada logo após o crime.

Museu do Louvre já foi furtado cinco vezes
Le Louvre
Segundo um artigo publicado pela Canard Enchainé, a proteção do museu era “aparentemente mais frágil do que a anterior”. De acordo com o dado, as vitrines instaladas em dezembro de 2019 “representam um avanço considerável em termos de segurança, especialmente considerando o comprovado grau de obsolescência dos equipamentos antigos, o que, sem substituição, teria levado à remoção das obras da exposição pública”.
Laurence des Cars chegou a apresentar sua carta de demissão após o roubo, no entanto a solicitação foi rejeitada pelo mandatário francês Emmanuel Macron, conforme o jornal Le Figaro.
O presidente francês publicou em suas redes sociais que o roubo do Louvre “é um ataque a um patrimônio que prezamos porque faz parte da nossa história. Recuperarmos as obras e os responsáveis serão levados à Justiça. Tudo está sendo feito, em todos os lugares, para alcançar esse objetivo, sob a liderança do Ministério Público de Paris”.
Fontes próximas às autoridades afirmaram à imprensa francesa que o elevador de carga usado pelos bandidos para acessar o primeiro andar do museu pode ter sido roubado dias antes do acontecido nos arredores de Paris.
Porém, a ministra da Cultura da França, Rachida Dati, garantiu que os sistemas de segurança do Louvre funcionaram normalmente durante a ação dos criminosos.
(*) Com Ansa.























