Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O governo francês divulgou nesta sexta-feira (31/10) as conclusões preliminares da investigação do roubo ao Museu do Louvre, em Paris, e prometeu medidas emergenciais até o final do ano para reforçar a segurança da área ao redor do local. Segundo a ministra da Cultura da França, o relatório revelou protocolos de segurança obsoletos e uma negligência crônica dos riscos.

“Por mais de 20 anos, os riscos de invasão e roubo foram estruturalmente subestimados” no Louvre, declarou a ministra da Cultura Rachida Dati, em entrevista ao canal TF1, quase duas semanas após o espetacular roubo no museu.

“Não podemos continuar assim”, acrescentou. Dati explicou que sua avaliação se baseou nas conclusões iniciais do inquérito administrativo aberto no dia seguinte ao roubo, durante o qual oito joias da Coroa da França, avaliadas em cerca de € 88 milhões (quase R$ 55 milhões), foram roubadas à luz do dia por uma quadrilha de quatro criminosos.

As joias continuam desaparecidas. Segundo a ministra, o relatório destacou também “equipamentos de segurança inadequados” e protocolos “completamente obsoletos” para responder a roubos e invasões. Ao mesmo tempo que reafirmou que os sistemas de segurança dentro do museu funcionaram corretamente no dia do crime, a ministra anunciou medidas para corrigir uma “grave falha de segurança” na parte externa do museu.

“Vamos instalar sistemas antiarrombamento e anti-invasão”, anunciou ela, sem fornecer mais detalhes, garantindo que essas novas instalações estariam em funcionamento “antes do final do ano”.

No âmbito da investigação judicial, sete pessoas foram presas desde o roubo
PxHere

Prisões de suspeitos

No dia do roubo, os quatro criminosos conseguiram estacionar uma caminhonete com uma escada mecânica, a cerca de 180 metros da entrada principal do museu, permitindo que dois deles subissem até a Galeria de Apolo, onde as joias estavam guardadas.

Sob intensa pressão desde o roubo, que atraiu atenção mundial, a diretora do Louvre, Laurence des Cars, explicou que o reforço da segurança externa do museu já estava em andamento e que o primeiro dos sistemas “anti-arrombamento”, recomendados para instalação até o final de 2023, já estava sendo colocado em funcionamento.

As conclusões preliminares do inquérito administrativo, divulgadas por Rachida Dati, corroboram diversas avaliações recentes sobre a segurança do museu, que recebe cerca de 9 milhões de visitantes por ano.

No âmbito da investigação judicial, sete pessoas foram presas desde o roubo. Duas delas foram indiciadas e detidas, sob suspeita de integrarem a unidade de comando presente no local.