Sábado, 6 de dezembro de 2025
APOIE
Menu

Partidos de esquerda e ativistas espanhóis pediram à Justiça que investigue os vínculos entre o grupo neonazista “Deportá-los Agora” e o partido da extrema direita Vox. Nesta segunda-feira (04/08), a TeleSur divulgou uma reportagem sobre o caso, ouvindo deputados e ativistas de direitos humanos.

No dia 9 de julho, um jovem magrebino agrediu um homem de 68 anos ao tentar lhe roubar um relógio, ele foi preso e condenado. Contra a agressão, no dia 16 de julho, ocorreu uma manifestação com a presença de jovens neonazistas em Torre Pacheco, na região de Múrcia.

Ao investigar a incitação ao ódio durante o ato, o Ministério Público e o Tribunal de San Janvier prenderam 14 pessoas. Entre elas está um jovem de 29 anos, identificado pela sigla C.L.F., e suposto líder do grupo que atuava no Telegram e Instagram, reunindo 20 pessoas. Durante o ato ele incitou a promoção de caçadas contra os imigrantes em Múrcia.

Crime de ódio

Também está sob investigação o presidente regional do Vox, José Ángel Antelo. A denúncia contra ele foi apresentada pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), o Podemos (PP) e a Izquierda Unida. Em Torre Pacheco, Antelo afirmou que o PSOE e o PP são financiadores da imigração ilegal que “ataca nossos idosos nas ruas, que ataca os homossexuais, que estupra nossas filhas”.

Presidente regional do Vox, José Ángel Antelo
VOX Espanha / Flickr

“Não queremos pessoas assim em nossas ruas ou em nosso país. Vamos deportá-los todos e não sobrará nenhum. Na Espanha você vem para trabalhar e gerar riqueza, não para cometer crimes ou semear o terror”, disse.

Os partidos pedem que sejam analisados os supostos vínculos financeiros e digitais entre os neonazistas e o partido de Antelo. Durante o ato, C.L.F. foi visto conversando com um vereador do Vox. Como destacam os ativistas e políticos ouvidos pela TeleSur, com sua retórica, o partido estimula a violência neonazista no país. Confira a reportagem.