Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O presidente do comitê do Conselho da Federação para a defesa e segurança, Viktor Ozerov, declarou neste domingo (24/12) que o acidente com avião militar russo no Mar Negro foi causado provavelmente por uma falha técnica ou um erro humano, e não por um atentado terrorista.

“Eu nem considero a hipótese de um atentado. É um avião do Ministério da Defesa, estava no espaço aéreo da Federação da Rússia, tal cenário não é possível”, disse Ozerov à agência de notícias russa RIA Novosti.

Comissão de investigação

Uma comissão de investigação foi criada a pedido do presidente da Rússia, Vladimir Putin, para esclarecer as circunstâncias do acidente e prestar assistência às famílias das vítimas. Segundo o site oficial do governo russo, a comissão é integrada por representantes de ministérios e liderada pelo ministro de Transporte, Maxim Solokóv.

A comissão de investigação abriu um processo penal por violações de regras de voo, segundo a porta-voz do grupo, Svetlana Petrenko.

Wikimedia Commons

Avião Tupolev-154, mesmo modelo da aeronave que caiu no Mar Negro neste domingo (25/12)

Viktor Ozerov, presidente do Comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação, afirmou que falha técnica ou erro humano são causas mais prováveis

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“O departamento de instrução militar da comissão de investigação em Sochi abriu um processo penal pelo acidente do Tu-154 por indícios de crime, de acordo com o artigo 351 do Código Penal (violações de regras de voo, que provocaram consequências graves)”, disse Petrenko à Sputnik.

A porta-voz ainda afirmou que documentos do voo foram confiscados e pessoas que preparavam o avião e que o abasteceram estão sendo interrogadas.

Operação de busca

A operação de busca e resgate recuperou os corpos de dez vítimas até o momento. O Ministério de Defesa anunciou em comunicado que a busca será realizada “24 horas por dia” com equipes especiais e equipamento de iluminação para facilitar o trabalho à noite.

A operação, controlada pelo Centro Nacional de Defesa e sob supervisão do ministro de Defesa Serguéi Shoigú, conta com a participação de 27 barcos, 37 mergulhadores e 4 helicópteros, além de drones e equipamentos submarinos não tripulados, segun o ministério. No total, mais de 3 mil pessoas estão envolvidas na busca, realizada em uma zona de 10,5 quilômetros quadrados.