Alemanha quer multar em até 50 milhões de euros redes sociais que não removerem notícias falsas
"O conteúdo criminoso não vem sendo removido na escala necessária nem na velocidade necessária", afirma o ministro da Justiça do país, Heiko Maas
O governo da Alemanha pretende impor multas de até 50 milhões de euros a sites e redes sociais que não removam notícias falsas ou conteúdos retóricos de ódio. A medida foi apresentada por Berlim em um anteprojeto de lei e faz da Alemanha o primeiro país europeu capaz de tomar medidas rígidas contra o Facebook, o maior alvo de críticas pelas “fake news”.
O ministro da Justiça do país, Heiko Maas, disse que as redes sociais não têm feito o suficiente para evitar a publicação de conteúdos impróprios, inclusive de calúnia e ofensas. “O conteúdo criminoso não vem sendo removido na escala necessária nem na velocidade necessária”, disse. “O maior problema é e continua a ser que as redes sociais não encaram com a devida seriedade as queixas de seus próprios usuários”.
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Alemanha quer multar redes como Facebook e Twitter caso não removam rapidamente notícias falsas

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O projeto de lei reflete a preocupação da Alemanha com o impacto de notícias falsas e com a influência de discursos de ódio que impulsionam extremistas e nacionalistas. No ano passado, durante as eleições norte-americanas e a vitória do republicano Donald Trump, o Facebook foi pressionado a adotar mecanismos que evitem que conteúdos impróprios e notícias falsas ganhem visibilidade na web.
O temor de Berlim é que, assim como nos EUA, as fake news possam impactar as eleições de 2017, nas quais a chanceler Angela Merkel enfrentará uma forte oposição populista, nacionalista e contrária à imigração.
Em dezembro, o Facebook anunciou um programa de checagem de notícias e firmou parcerias com serviços de checadores para identificar conteúdos inverídicos.























