OMS eleva risco de epidemia de coronavírus no mundo para 'muito alto'

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu elevar nesta sexta-feira (28/02) para “muito alto” o risco mundial da epidemia do novo coronavírus.

“Agora aumentamos nossa avaliação do risco de propagação e do risco de impacto do COVID-19 para ‘muito alto’ em um nível global”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Segundo a OMS, há casos registrados da doença em 50 países. Além disso, dos novos casos identificados em todo o mundo nas últimas 24 horas, 24 foram exportados da Itália e 97 do Irã. 

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“O aumento contínuo do número de casos de COVID-19, e o número de países afetados nos últimos dias são motivo de preocupação”, disse Tedros.

Segundo a organização, é possível “conter a dispersão do vírus se tomarmos ações robustas e detectar rapidamente o surgimento de novos casos”.

Novas mortes, novos casos

As autoridades do Reino Unido confirmaram nesta sexta-feira a morte do primeiro cidadão britânico por coronavírus. A vítima estava a bordo do cruzeiro japonês Diamond Princess. 

O primeiro-ministro Boris Johnson lamentou a morte do britânico, a sexta pessoa a morrer a bordo do cruzeiro na costa do Japão, e disse que o combate ao coronavírus é prioridade do governo.

“Eu quero reassegurar às pessoas de que o NHS [sistema de saúde público] está fazendo todas as preparações possíveis. Como você pode imaginar, a questão do coronavírus é algo que o governo trata agora com prioridade máxima”, disse o premiê.

O governo do México, por sua vez, confirmou nesta sexta-feira o primeiro caso de coronavírus no país. Segundo o subsecretário de Prevenção e Promoção da Saúde, Hugo López-Gatell, o primeiro paciente já foi isolado no Instituto Nacional de Doenças Respiratórias (INER), na capital Cidade do México.

“Temos um paciente […] hospitalizado no INER. É um caso leve e ele já foi colocado em quarentena”, informou o funcionário do governo.

Na Itália, pais europeu com mais casos de coronavírus até agora,  as autoridades informaram que a epidemia provocou a morte de mais quatro pessoas, elevando o número total de vítimas a 21, e deixou 821 infectados. 

Deste número total, 95 estão sem sintomas, 33 estão recuperados e nove são acompanhados na terapia intensiva.

*Com Sputnik e ANSA