Califórnia registra novo caso de peste bubônica e gera alerta

Segundo as autoridades de saúde do Condado de El Dorado, Califórnia, foi identificado um caso positivo de peste bubônica em um morador do South Lake Tahoe. A pessoa está se recuperando em casa e recebendo cuidados médicos. Nenhuma outra informação foi divulgada.

As autoridades acreditam que uma pulga infectada picou a pessoa doente, que estava acampando na região de South Lake Tahoe, informa o comunicado. Além disso, também estão investigando e monitorando roedores na região para determinar se eles transmitem a peste. De 2021 a 2024, 41 roedores foram expostos à bactéria, quatro outros testaram positivo em 2025, todos identificados na Bacia de Tahoe.

“A peste está naturalmente presente em muitas partes da Califórnia, incluindo áreas mais elevadas do Condado de El Dorado”, disse Kyle Fliflet, diretor interino de saúde pública do Condado de El Dorado. “É importante que as pessoas tomem precauções para si mesmas e seus animais de estimação ao ar livre, especialmente ao caminhar, fazer trilhas e/ou acampar em áreas onde há roedores selvagens”.

O último caso relatado na mesma região foi em 2020. Anteriormente, duas pessoas testaram positivo para a peste em 2015, após serem expostas no Parque Nacional de Yosemite.

A peste bubônica é causada pela bactéria Yersinia pestis, transmitidas por picadas de pulgas que já as carregavam
NIAID

Peste bubônica

A infecção, causada pela bactéria Yersinia pestis, é rara, mas potencialmente mortal. Frequentemente é transmitida por picadas de pulgas que já a carregam, após terem sido infectadas por esquilos, tâmias e outros roedores, de acordo com autoridades de saúde. Cães e gatos também podem trazer pulgas infectadas pela peste para dentro de casa.

A forma mais comum é a bubônica, que causa sintomas como febre alta, calafrios, fraqueza e inchaço doloroso dos gânglios linfáticos, conhecidos como bubões. Já a forma pneumônica, mais rara, afeta os pulmões e pode se espalhar por meio de gotículas respiratórias, enquanto a forma septicêmica é a mais grave, potencialmente fatal se não tratada. A doença pode ser tratada eficazmente com antibióticos se diagnosticada precocemente.

Para evitar a contaminação, as autoridades informam que pessoas e animais de estimação não devem tocar em esquilos, tâmias ou outros roedores selvagens, principalmente mortos ou feridos. Também não é recomendado acampar perto de locais onde roedores mortos foram observados. Devem-se usar calças compridas enfiadas nas botas e borrifar repelente de insetos para reduzir a exposição às pulgas.