Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Um dos maiores intelectuais do Brasil, o crítico literário, sociólogo e professor Antonio Candido morreu aos 98 anos, no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Candido havia sido internado há poucos dias, e a causa da morte está relacionada a problemas intestinais.

 
Em 1939, ingressou no curso de direito da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e de ciências sociais e filosofia da Universidade de São Paulo. Dois anos mais tarde, fez sua estréia como crítico literário na revista Clima, fundada em 1941 por ele, o crítico de teatro Décio de Almeida Prado, o crítico de cinema Paulo Emílio Salles Gomes, a ensaísta Gilda de Mello e Souza, entre outros.
 
Lançada em 1959, sua obra mais importante é a “Formação da Literatura Brasileira”. Em 1961, assume como professor colaborador a disciplina de teoria literária e literatura comparada na USP. Entre 1964 e 1966, deu aulas de literatura brasileira na Universidade de Paris e, em 1968, foi professor visitante de literatura brasileira e comparada na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.
 
Candido recebeu, em 1998, o Prêmio Camões, dos governos do Brasil e de Portugal, em Lisboa; e em 2005, o Prêmio Internacional Alfonso Reyes, no México.
 
O intelectual também teve uma importante atuação política. Militou contra o Estado Novo, no governo de Getúlio Vargas, em grupos clandestinos como o Grupo Radical de Ação Popular. Foi militante do Partido Socialista Brasileiro antes do golpe civil-militar de 1964 e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, ao qual permaneceu filiado até o fim da vida.

Reprodução Youtube

Um dos maiores intelectuais do país, Antonio Candido participou da fundação do PT, em 1980

Um dos maiores intelectuais do país, foi professor de Literatura na USP e participou da fundação do PT, em 1980

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