Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira (11/09) o lançamento do “Plano Independência 200”, uma nova estratégia militar que prevê a mobilização das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) ao longo da costa central em resposta às ameaças dos Estados Unidos.

“O povo venezuelano nunca será escravo, e nunca será colônia de ninguém”, disse o líder de Caracas, enfatizando que sua nação está pronta para defender sua soberania.

A medida prevê a ativação de 284 “frentes de batalha” em toda a fachada do Caribe e do Atlântico, com o objetivo de manter “as costas livres de imperialistas, invasores e grupos violentos”.

Estamos posicionados de “norte a sul, de leste a oeste, de todas as costas do Caribe, da fronteira com a Colômbia, dos Andes, do leste do país; incluindo as costas, as fronteiras venezuelanas”, detalhou Maduro. “Os mares, as terras e as montanhas pertencem ao povo venezuelano e jamais ao império norte-americano”.

O líder bolivariano também acrescentou que o destacamento contempla a participação da FANB com todos os seus equipamentos, tropas e oficiais, bem como do Corpo de Combatentes e da Milícia Bolivariana

“Estamos cobrindo nossas estradas, portos, aeroportos e todos os nossos sistemas vitais. Do Mar do Caribe, temos todos os sistemas de comunicação conhecidos e ainda a serem conhecidos. Em Caracas também temos todo o sistema defensivo implantado com três diretrizes: defesa integral da nação, resistência ativa do povo e ofensiva permanente para garantir a identidade territorial e o direito à paz, ao futuro e à felicidade”, explicou. “Nosso objetivo é apenas um: independência, liberdade ou nada”.

Maduro ressalta que plano de defesa tem 284 frentes de ação ao longo da costa para a defesa integral da nação
Prensa Presidencial

A iniciativa de Caracas se dá após os EUA do governo de Donald Trump terem enviado navios de guerra e um submarino nuclear ao Mar do Caribe, em uma operação que a Casa Branca usa como pretexto “o combate ao narcotráfico”. Nos últimos dias, Washington bombardeou uma embarcação venezuelana, matando seus 11 tripulantes, que segundo a gestão do republicano, eram “narcotraficantes” ligados ao Tren de Aragua. Caracas negou que os mortos integravam grupo criminoso.

Para Maduro, a presença militar dos EUA na região responde a um plano para promover mudanças políticas na Venezuela.

(*) Com Ansa e Telesur