Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Em evento realizado nesta sexta-feira (19/09), no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), o representante da Venezuela nessa instância, embaixador Hector Constant Rosales, exigiu do organismo que tome medidas para defender o fim imediato das operações militares realizadas pela marinha dos Estados Unidos no Mar do Caribe.

Segundo Constant, os navios militares norte-americanos posicionados próximos à costa venezuelana desde meados de agosto representam um “risco à paz e à segurança internacionais”.

“Instamos todo o sistema da ONU e este Conselho [de Direitos Humanos] a condenar essas políticas de uso da força que colocam em risco a paz e a segurança internacionais, a exigir que o governo dos Estados Unidos ponha fim a essas ações hostis e a respeitar plenamente a soberania, a integridade territorial e a independência política da Venezuela”, argumento ou diplomata venezuelano.

Em seguida, Constant alegou que “fontes oficiais dos Estados Unidos afirmam que já estão sendo realizadas execuções extrajudiciais no Caribe, bombardeando pequenas embarcações artesanais com mísseis inteligentes, violando todos os direitos existentes contra países e indivíduos”.

O representante da Venezuela também afirmou que seu país “tem sofrido há anos com uma política sistemática de assédio” por parte de Washington.

Representante da Venezuela faz discurso na ONU
TeleSur

Constant também ressaltou que, para Caracas, as operações promovidas pela marinha norte-americana no Caribe “constituem violações flagrantes da Carta da ONU, ameaçam seriamente a estabilidade hemisférica e colocam em risco os direitos humanos do povo venezuelano e da região”.

Além da presença dos navios, a Venezuela pediu o repúdio ao envio de cinco caças F-35 à ilha de Porto Rico, colônia norte-americana no Mar do Caribe relativamente próxima à costa do país sul-americano.

Reação venezuelana

Desde os primeiros movimentos dos navios norte-americanos próximos ao litoral venezuelano, o presidente da nação bolivariana, Nicolás Maduro anunciou a campanha “Eu me alisto”, pela qual incentivou a criação de “milícias comunitárias” para defender o país de uma possível intervenção militar estrangeira.

Segundo o governo venezuelano, dezenas de milhares de homens e mulheres se alistaram nas milícias comunitárias e estão realizando treinamentos com as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB).