Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Em coletiva realizada nesta quarta-feira (17/09), o ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, acusou os Estados Unidos de tentar realizar uma operação de “bandeira falsa” com o objetivo de justificar uma ação militar contra o seu país.

Segundo Cabello, a polícia venezuelana descobriu a operação falsa norte-americana após a interceptação de uma lancha que fazia movimentos suspeitos na costa do país, em uma missão policial realizada na última segunda-feira (15/09) e que resultou na apreensão de mais de três toneladas de cocaína.

O ministro assegura que a quadrilha detida mantinha contato direto com a Agência de Enfrentamento às Drogas dos Estados Unidos (DEA, por sua sigla em inglês).

Um dos criminosos capturados na investigação venezuelana é Enrique López Bati, acusado por Cabello de ser “agente da DEA ligado a grupos narcotraficantes colombianos”.

De acordo com os investigadores venezuelanos, López Bati trabalha com grupos que atuam em Catatumbo e La Guajira, na Colômbia, e seria ligado a Gersio Parra, líder das facções dessa região.

Ministro Diosdado Cabello afirma que um dos capturados em operação antidrogass seria um agente norte-americano infiltrado
TeleSur

Indireta a Washington

Cabello também salientou que a ação esta semana foi a maior já realizada pela polícia venezuelana, e que “ela faz parte de um programa que, somente neste ano, já desmantelou mais de vinte operações de grupos narcotraficantes e apreendeu mais de 60 toneladas de cocaína”.

O ministro do Interior aproveitou para fazer uma declaração provocativa aos Estados Unidos, que tem realizado ações militares no Mar do Caribe, com a justificativa de combate ao narcotráfico, mas que é lida por Caracas como uma ameaça de ação militar contra o país.

“É assim que se conduz uma operação quando se quer comprovar um fato. Não bombardeamos uma embarcação sem saber, embora pudéssemos ter feito isso, porque eles foram instruídos a parar e não pararam, e mesmo assim nós conseguimos detê-los sem dar um único tiro”, relatou Cabello.

Neste mês de setembro, navios norte-americanos posicionados no Mar do Caribe já atacaram dois barcos de pescadores venezuelanos alegando serem embarcações que traficam drogas aos Estados Unidos.