Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Cerca de dez mil uruguaios saíram às ruas na sexta-feira (20/05) em Montevidéu para participarem da 16ª Marcha do Silêncio, manifestação anual em memória dos desaparecidos durante a última ditadura militar do país (1973-1985). Ela ocorreu no mesmo dia em que o parlamento uruguaio rejeitou um projeto de lei que permitiria que os crimes cometidos naquela época pudessem ser julgados. As informações são das agências de notícias Efe e France Presse.

Sob um silêncio assustador, rompido apenas pela leitura dos nomes das vítimas, cujas fotografias acompanharam a marcha, os manifestantes caminharam sob o lema “Verdade e Justiça: direitos de todos e responsabilidade do Estado”.

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A marcha não contou com representantes do governo do presidente José Mujica, no entanto, participaram membros do partido governista, a Frente Ampla, de esquerda.

O grupo foi o principal impulsor na tentativa de eliminar no Parlamento a Lei de Caducidade, aprovada em 1986 e referendada em dois plebiscitos, em 1989 e 2009, que anistiava os crimes na ditadura.

Efe



Marcha do Silêncio ocorre todos os anos no Uruguai.

Apesar de o projeto ter sido desenvolvido por seus companheiros de partido, o próprio presidente Mujica se mostrou contrário à medida e pediu que não ela não fosse votada, o que gerou duras críticas por parte de defensores dos direitos humanos e desconforto interno no partido.

Os números oficiais indicam que 37 pessoas desapareceram durante a ditadura, enquanto organizações de defesa dos direitos humanos apontam que são mais de 200.

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Uruguai: Marcha do Silêncio foi marcada por manutenção de lei de anistia a militares

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