Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Na noite desta quinta-feira (25/09), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comunicou que serão implementadas novas tarifas aos produtos estrangeiros que ingressam no mercado norte-americano a partir da próxima quarta-feira (01/10).

Os produtos que serão incluídos na lista de tarifas serão: medicamentos, com taxa de 100%; armários de cozinha e banheiro, com 50%; mobiliários estofados, com 30%; e caminhões pesados, com taxa de 25%.

Em uma mensagem nas redes sociais, o presidente declarou que o motivo dessa nova etapa do tarifaço é dar resposta a uma abundante presença de produtos norte-americanos nesses mercados, junto com a proposta de diminuir o número de importações e proteger fabricantes norte-americanos.

“A razão para isso é a ‘inundação’ em larga escala desses produtos nos Estados Unidos por outros países”, afirmou o mandatário em suas redes sociais.

No caso de medicamentos, farmacêuticas que estejam construindo fábricas nos EUA ficarão isentas. “Estar construindo’ será definido como ‘início das obras’ e/ou ‘em construção’. Portanto, não haverá tarifa sobre esses produtos farmacêuticos se a construção já tiver começado”, escreveu.

Medida começa a ser implementada no primeiro dia de outubro
The White House

A Associação de Pesquisa e Fabricantes de Produtos Farmacêuticos repudiou a decisão de tarifar os medicamentos. A organização evidenciou que os ingredientes farmacêuticos já eram produzidos por eles, e os demais de outros países.

A taxação para caminhões pode ser considerada benevolente para os caminhoneiros, como para Peterbilt e Mack Trucks, que são fabricantes de caminhões pesados e médios, e consideram a “concorrência externa desleal”. “Precisamos que nossos caminhoneiros estejam financeiramente saudáveis e fortes, por vários motivos. Mas, acima de tudo, por razões de segurança nacional!”, afirmou.

A Câmara de Comércio dos EUA alertou a Casa Branca de impor tarifas em caminhões, argumentando que a maioria das peças usadas na produção são do México, Canadá, Alemanha, Finlândia e Japão, que não são considerados ameaças para os norte-americanos.

A Seção 232 da Lei de Expansão Comercial, que autoriza a imposição de tarifas sem o consentimento do Congresso em caso de ameaça à segurança nacional, está sendo usada cotidianamente por Donald Trump. No Brasil, esse modelo foi implementado nas  tarifas de cobre, aço e alumínio. 

O acontecimento chegou na Suprema Corte dos EUA que impugnou uma decisão do tribunal de apelações, determinando que Donald Trump extrapolou sua soberania para usar leis que são orientadas a emergências.

(*) Com Brasil de Fato