Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou impôs uma tarifa de 35% sobre todas as importações do Canadá a partir de 1º de agosto. Ele enviou uma de suas cartas ao primeiro-ministro canadense, Mark Carney, na noite desta quinta-feira (10/07) e a divulgou em suas redes sociais.

O Canadá é o 23° país nesta semana a receber as cartas abertas do presidente norte-americano. A tarifa se soma aos tributos já em vigor: 25% sobre autopeças e 50% sobre aço e alumínio. No comunicado, Trump ameaçou ampliar as tarifas caso o Canadá adote medidas retaliatórias.

Na carta, Trump associou as medidas ao combate ao tráfico de drogas. Ele afirma poderá rever a taxação se governo canadense trabalhar com os Estados Unidos para interromper o fluxo de fentanil.

O primeiro-ministro canadense respondeu publicamente nas redes sociais. “Ao longo das atuais negociações comerciais com os Estados Unidos, o governo canadense tem defendido firmemente nossos trabalhadores e empresas. Continuaremos fazendo isso enquanto trabalhamos até o prazo revisado de 1º de agosto”, afirmou.

‘Governo canadense tem defendido firmemente nossos trabalhadores e empresas’, afirmou Carney após anúncio de cobrança de 35%
Banco da Inglaterra / Wikimedia Commons

Carney também rebateu as acusações sobre o fentanil, afirmando que o Canadá “tem feito progressos fundamentais para deter a praga do fentanil na América do Norte.”

Segundo um funcionário da Casa Branca, ouvido pelo The Guardian, os produtos abrangidos pelo acordo USMCA — assinado entre EUA, Canadá e México — poderão ser isentos da nova tarifa de 35%, embora nenhuma decisão final tenha sido anunciada.

Tarifaço na Justiça

O veículo britânico destaca uma possibilidade de reversão da ofensiva comercial de Trump. Neste sentido, corre na Justiça norte-americana um recurso aprovado pelo Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos (CIT). O grupo apartidário Liberty Justice Center é o responsável pela ação, em nome das pequenas empresas do país.

Em maio, o Tribunal concluiu que o presidente agiu além de sua autoridade legal ao usar a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), sem a existência de uma emergência real, para justificar o tarifaço iniciado em 2 de abril. Os juízes não questionam o direito dos Estados Unidos de aumentar as tarifas, mas consideram que é o Congresso que deve fazê-lo.

O governo Trump recorreu contra a decisão e uma liminar da Corte de Apelações para o Circuito Federal, em 29 de maio, autorizou Trump a continuar cobrando as tarifas até um novo julgamento. Ele acontecerá no próximo dia 31 de julho.