Trump critica processo contra Bolsonaro, mas nega amizade com ex-presidente brasileiro
Republicano voltou a criticar ação judicial por golpe de Estado contra antigo mandatário, mas disse enxergá-lo apenas como 'alguém que conhece'
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender Jair Bolsonaro nesta terça-feira (15/07), mas negou ser um “amigo” do ex-mandatário brasileiro.
Em breve declaração a repórteres na saída da Casa Branca, em Washington, ao mencionar o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) pela condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado no Brasil, o republicano avaliou o ex-presidente como “um bom homem” vivendo uma “caça às bruxas”.
“Bolsonaro é um bom homem e não é uma pessoa desonesta. Ele ama e lutou muito pelo povo brasileiro, e eles querem prendê-lo. Eu acho que é uma caça às bruxas e acho muito lamentável, ninguém está feliz com o que o Brasil está fazendo, porque Bolsonaro era um presidente muito respeitado”, disse Trump.
Apesar das afirmações, o republicano negou ter laços de amizade com o ex-presidente brasileiro, indicando que apenas o vê “como alguém que conhece”.

Presidente dos EUA classificou investigação contra Bolsonaro como “caça às bruxas”
Official White House Photo/Daniel Torok
“Olha, ele não é como se fosse um amigo, mas alguém que eu conheço, e eu o conheço como representante de milhões de pessoas. Os brasileiros são ótimas pessoas”, afirmou o norte-americano.
As palavras de Trump vieram pouco tempo depois da PGR pedir a condenação de Bolsonaro na Ação Penal 2668, que investiga tentativa de golpe de Estado.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que há “evidências claras” de que Bolsonaro liderou a “organização criminosa” que tentou impedir a transição de poder após as eleições de 2022, vencidas pelo atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
A PGR pede a condenação de Bolsonaro pelos crimes de organização criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado; dano qualificado ao patrimônio da União; e deterioração de patrimônio tombado. Caso o réu seja condenado por todos os delitos, a pena pode chegar a 43 anos de prisão.
(*) Com Ansa























