Sábado, 6 de dezembro de 2025
APOIE
Menu

Em coletiva realizada na Casa Branca, na noite desta sexta-feira (05/09), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou atacar aviões militares da Venezuela caso os navios norte-americanos que se deslocam pelo Mar do Caribe se sintam intimidados pela força aérea do país sul-americano.

“Devo dizer que eles (os aviões venezuelanos) estarão em apuros, e nós avisaremos vocês sobre isso. Ouvimos sobre o que aconteceu, mas foi algo que não se concretizou, ou pelo menos não como foi descrito”, afirmou o presidente estadunidense.

A declaração faz referência a um informe do Pentágono que acusa Caracas de enviar aeronaves para a região próxima aonde estavam os navios militares dos Estados Unidos. “Duas delas sobrevoaram muito perto de um dos nossos navios, que estava em águas internacionais”, diz um comunicado do Pentágono sobre o informe mencionado por Trump.

Durante a coletiva, o presidente norte-americano estava acompanhado de Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto, e afirmou a ele que as forças militares do país estavam autorizadas a “agir como bem entenderem” caso a Venezuela decida sobrevoar algumas das zonas que o mandatário denominou como “nossas zonas de segurança”.

Em seguida, ele foi mais específico em sua ordem, ao dizer que “se (os aviões venezuelanos) nos colocarem em uma situação perigosa, devem ser abatidos”, ao que Caine respondeu com um protocolar “sim, senhor”.

Vale lembrar que também nesta sexta-feira, horas antes da coletiva de Trump, os Estados Unidos enviaram dez caças F-35 para Porto Rico, território norte-americano no Mar do Caribe.

Trump deu ordem para que as forças militares dos Estados Unidos ataquem aviões venezuelanos caso se sintam ameaçados
Casa Branca

Polêmica sobre ataque a embarcação

A ordem sobre os aviões venezuelanos acontece dias depois da polêmica sobre o ataque realizado pelas forças militares dos Estados Unidos a uma embarcação venezuelana, ocorrência registrada na última terça-feira (02/09) e que tem despertado uma guerra de narrativas.

Por um lado, os Estados Unidos asseguram que a embarcação alvejada era um “navio que transportava drogas”, e que estaria em águas internacionais. Alegam também teriam matado 11 narcotraficantes que participavam da suposta operação.

o governo da Venezuela afirma que se trava de uma pequena lancha de pescadores e que estava no limite das águas territoriais do seu país.

O ministro da Comunicação da Venezuela, Freddy Ñáñez, acusou o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, de “fabricar narrativas hollywoodianas” para justificar a ação, e para promover, a partir dela, “uma política de guerra dos Estados Unidos contra Caracas e a América Latina”.

Ñáñez também frisou que as supostas provas apresentadas por Washington para justificar o ataque à embarcação teriam sido produzidas por inteligência artificial e que a Venezuela tem como comprovar a manipulação das imagens.