Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu nesta quarta-feira (16/07) o Pix e declarou que o governo brasileiro deseja uma “negociação urgente” com os Estados Unidos.

Em uma coletiva de imprensa, o político recordou que essa não é a primeira vez que os americanos abrem uma investigação contra o Brasil e mencionou que o Pix, um dos alvos de Washington, é um “sucesso”.

“Não é a primeira vez que é feita uma abertura de investigação. Isso já foi feito, o Brasil respondeu e o assunto foi encerrado. O Pix é um modelo, é um sucesso. Então, isso nós vamos explicar, não tem nenhum problema”, disse Alckmin. O vice-presidente chefiou a segunda rodada de reuniões para debater os impactos do tarifaço de 50% imposto por Donald Trump, presidente dos EUA, aos produtos do Brasil.

Alckmin também refutou algumas das justificativas apresentadas pelo governo americano, como o desmatamento. “Você questionar desmatamento? Ele está em queda. Aliás, o Brasil tem empenho em reduzir desmatamento, a meta é o desmatamento ilegal zero e recompor a floresta com o fundo do clima”, disse.

Mencionando o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e os empresários envolvidos nas discussões, Alckmin afirmou que o país deseja uma “negociação urgente”.

“O bom é que se resolva nos próximos dias. Se houver necessidade de prorrogar, não vejo problema. Nós queremos trabalhar unidos para resolver essas questões”, comentou o político.

Alckmin declarou que a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) informou ser favorável à negociação, além de ter dito que as questões comerciais não deveriam ser afetadas por disputas políticas.

Geraldo Alckmin defendeu o Pix e declarou que o governo brasileiro deseja uma "negociação urgente" com os Estados Unidos

Geraldo Alckmin defendeu o Pix e declarou que o governo brasileiro deseja uma “negociação urgente” com os Estados Unidos
Cadu Gomes/VPR

Investigação comercial de Trump contra o Brasil

O Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) iniciou nesta terça-feira (15/07) a investigação comercial contra o Brasil, anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump, em sua carta aberta, no último dia 9.

O documento que embasa a decisão, publicado no site da USRT, alega supostos entraves à entrada de etanol americano no mercado brasileiro, “tarifas preferenciais e injustas”, violações de direitos de propriedade intelectual, políticas anticorrupção consideradas discriminatórias e até práticas de desmatamento ilegal que afetariam interesses comerciais dos EUA.

O Itamaraty divulgou nesta terça-feira (15/07) uma nota oficial em que “deplora e rechaça” o que chamou de intromissão “indevida e inaceitável” nos assuntos internos do país. No comunicado, o governo brasileiro reforçou que vinha negociando desde março temas tarifários com autoridades americanas e que permanece disposto a dialogar.

(*) Com Ansa