Sul Global pela paz: em Caracas, movimentos defendem ‘ação concreta’ contra imperialismo
Cúpula dos Povos pela Paz e Contra a Guerra reuniu mais de 500 ativistas e representantes de 80 países na capital da Venezuela
Em junho deste ano, Maduro propôs um encontro entre países do Sul Global para discutir o avanço da extrema direita, o fim do genocídio em Gaza e encontrar um consenso para uma “paz duradoura”.
Após a convocação do presidente venezuelano Nicolás Maduro, mais de 500 ativistas e representantes de 80 países se reuniram em Caracas para a Cúpula dos Povos pela Paz e Contra a Guerra nesta sexta-feira (25/07).
Diversas organizações e movimentos políticos e sociais que participaram da cúpula reforçaram a necessidade de lutar contra o imperialismo na busca dessa paz e um mundo sem guerra.
Para Rander Peña, vice-ministro para América Latina, os países imperialistas, liderados pelos Estados Unidos, seguem tentando manter seus privilégios, utilizando o avanço da extrema direita para isso.
Peña destacou que a Cúpula teve como propósito uma “agenda de ação concreta” contra as ofensivas imperialistas e foco a paz. “As mudanças dos tempos nos impactam. Esse momento nos impõe tomar a dianteira contra o inimigo da humanidade”, disse.
Pelo Brasil, Socorro Gomes, do Centro Brasileiro de Solidariedade dos Povos por Luta pela Paz (Cebrapaz), foi uma das debatedoras da Cúpula. Ela falou sobre as ameaças que os povos do mundo estão sendo alvos, como a expansão militar europeia através da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o genocídio perpetrado por Israel na Faixa de Gaza.
Ver | Ignacio Ramonet: guerras se transformaram em política
Ver | Povos do mundo defendem união contra ofensiva imperialista
Segundo ela, os povos do Sul Global não podem ser “passíveis ou neutros” sobre o massacre contra os palestinos.
“É preciso parar essa guerra e criar o Estado da Palestina livre e soberano. Os Estados Unidos são responsáveis por essa barbárie e não aceitam que estão perdendo e me decadência”, afirmou.
Ainda de acordo com Gomes, enfrentar o imperialismo é defender a soberania dos países, apontando que “lutar pela paz está ligado à luta anti-imperialista”.

Cúpula dos Povos pela Paz e Contra a Guerra reuniu mais de 500 ativistas em Caracas
Fernanda Forgerini
Defesa dos povos
A Cúpula pela Paz e Contra a Guerra reuniu outros debatedores apresentaram suas defesas em relação à paz aos povos do mundo.
Para o chanceler venezuela, Yvan Gil, o Sul Global vive uma “época intensa” e é necessário criar uma “frente para enfrentar essa batalha e vencer”.
Na linha também afirmado por Francisco Villa, argentino da Neurona Rebelde. A Opera Mundi, o ativista falou sobre como o encontro “recarrega a moral” e fazer entender que o impossível se torna possivel “quando estamos aqui em Caracas e vemos um povo que resiste”.
“A luta é bonita e faz a gente não desistir e seguir lutando”, acrescentou.
Villa e demais companheiros da Argentina estão em campanha pela liberdade da ex-presidente Cristina Kirchner, que está em prisão domiciliar após decisão da Justiça.
Cristina denunciar sofrer perseguição política do governo extremista de Javier Milei. O ativista disse que do fortalecimento da direita no país, mas apontou que são nesses momentos que também “surge mais força para lutar”.























