Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, destacou a soberania nacional em seu discurso neste domingo (28/09), afirmando que apesar das dificuldades que têm com os Estados Unidos decorrente da política tarifária de Donald Trump, sua nação “avançou com dignidade”.

A fala foi feita no Centro Cultural Universitário de Guadalajara, durante o encerramento de seu relatório sobre prestação de contas em todas as entidades do país. No local, a mandatária destacou o trabalho do secretário de Economia, Marcelo Ebrard, nas negociações comerciais com Washington.

“Ele [Ebrard] nos acompanhou durante todo esse difícil processo. Tivemos dificuldades com os Estados Unidos, como todos os países. Eles [Estados Unidos] mudaram as regras, mas como equipe avançamos com dignidade, porque o México é respeitado”, enfatizou Sheibaum.

De acordo com o periódico mexicano La Jornada, por outro lado, houve vaias ao governador de Jalisco, Pablo Lemus, com a população no evento gritando frases como “Fora, Lemus”. Diante desse cenário, informa o jornal, o chefe do Executivo ressaltou que há colaboração entre a sua administração com o governo federal.  Entretanto, dada a persistência dos protestos, Lemus “ameaçou três vezes concluir o evento antes do planejado”.

“Não, não, nada disso, tem havido muita coordenação, e agradeço ao governador”, defendeu Sheinbaum. “Nada disso, devemos respeitar uns aos outros”, acrescentou, agradecendo ao governador estadual pela cooperação em diferentes questões.

Claudia Sheinbaum discursa no Centro Cultural Universitário de Guadalajara
Gobierno de México

Ainda em seu discurso, a presidente mexicana ressaltou que em seis anos do mandato de seu antecessor, Andrés Manuel López Obrador (AMLO), a pobreza e a desigualdade foram reduzidas.

“De 2018 a 2024, período governado pelo presidente López Obrador, onde começou a quarta transformação da vida pública, em seis anos, 13,5 milhões de mexicanos foram retirados da pobreza”, apontou.

Ela também observou de o México ter sido classificado como o “país mais desigual do mundo” durante os regimes neoliberais. Hoje, a nação é a segunda menos desigual do continente, atrás apenas do Canadá.

“A forma de governo mudou. Houve também uma máxima que continuamos a preservar e com a qual hoje concorda praticamente todo o México: empresários, comerciantes, camponeses, trabalhadores: ‘Para o bem de todos, primeiro os pobres’. Essas palavras, essa frase condensa o que aconteceu em nosso país”, explicou.