Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, declarou nesta quarta-feira (29/10) que as ações dos EUA em relação à Venezuela devem estar em conformidade com o direito internacional e defendeu a soberania do país sul-americano.

“Partimos do princípio de que tudo o que acontece em relação à Venezuela deve estar de acordo com o espírito e a letra do direito internacional”, disse ele a repórteres, comentando as movimentações dos EUA em relação ao país sul-americano.

O porta-voz do Kremlin também foi questionado se o presidente russo, Vladimir Putin, havia discutido uma possível operação militar dos EUA contra a Venezuela com seu homólogo americano, Donald Trump, na última ligação telefônica entre os líderes.

“Não, esse assunto não foi discutido; não estava na agenda”, respondeu Peskov.

Dmitry Peskov afirmou que as ações dos EUA em relação à Venezuela devem estar em conformidade
Sergey Fadeichev/ TASS

Já a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, declarou anteriormente que a ação militar dos EUA na América Latina levanta questionamentos. A Rússia manifestou apoio à Venezuela e pede que o país se abstenha de intensificar o conflito.

“Nós, naturalmente, apoiamos o desenvolvimento estável e independente da região, resolvendo todas as divergências de forma pacífica e civilizada. Reafirmamos nosso firme apoio contínuo à liderança venezuelana na defesa de sua soberania nacional”, declarou Zakharova.

A administração do presidente Donald Trump vem ameaçando militarmente a Venezuela com envio de navios de guerra ao Caribe sob a justificativa de estar realizando operações de combate ao tráfico de drogas. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, nega as acusações de narcotráfico e afirma que elas são uma desculpa para justificar uma incursão na Venezuela, que enfrenta a “ameaça militar mais letal e extravagante da história”.

Há cerca de duas semanas, o presidente Donald Trump admitiu que autorizou operações da CIA em território venezuelano. “Autorizei por duas razões, na verdade. Número um: eles [Venezuela] esvaziaram suas prisões e enviaram [os presos] para os EUA. E a outra coisa são as drogas. Recebemos muitas drogas vindo da Venezuela, e grande parte das drogas venezuelanas entram pelo mar, então você precisa ver isso, mas também vamos detê-las pela terra”, disse, ao justificar a operação.

Já na última segunda-feira, dois bombardeiros B-1B da Força Aérea dos Estados Unidos sobrevoaram o mar do Caribe, perto da costa venezuelana, conforme registrou a plataforma de monitoramento de voos Flightradar24. Foi a terceira demonstração de força deste tipo registrada em um intervalo de três semanas.