Rússia declara que 'provocação' dos EUA contra pesqueiro venezuelano coloca em risco segurança da região
Navio da Marinha norte-americana atacou barco que transportava nove pescadores da Venezuela; Caracas exigiu fim das ações no mar do Caribe
Em nome da Rússia, o embaixador do país na Venezuela, Sergei Melik-Bagdasarov, expressou preocupação no domingo (14/09) com a “provocação” causada pelas ações ilegais de um navio militar dos EUA contra um barco de pesca venezuelano. “Demonstrações de força e atos de intimidação só geram tensão e colocam em risco a segurança de toda a região”, disse.
“Recebemos com profunda preocupação a notícia da grave provocação sofrida pelo navio pesqueiro venezuelano ‘Carmen Rosa’, que foi alvo de ações ilegais dentro da Zona Econômica Exclusiva da Venezuela”, disse o Embaixador Mélik-Bagdasárov.
A esse respeito, o diplomata russo observou que Moscou acredita que o Caribe deve ser um espaço de paz, cooperação e boa vizinhança. Da mesma forma, apoiou o direito de Caracas de garantir a segurança em suas águas territoriais.
“Expressamos nossa total solidariedade ao povo e ao governo da República Bolivariana da Venezuela e apoiamos seu direito soberano de administrar seus recursos naturais e garantir a segurança de seus cidadãos em suas próprias águas, sem interferência externa”, acrescentou o embaixador russo.
O diplomata também sustentou que o único caminho para uma estabilidade duradoura é o respeito ao direito internacional, à soberania e à igualdade de todos os Estados.

Governo da Venezuela diz que intercepção militar contra o navio Carmen Rosa constitui um ato “injustificado” e viola o direito internacional
Ministério das Relações Exteriores da Venezuela
No dia anterior, a Venezuela informou que um contratorpedeiro da Marinha dos EUA atacou um navio que transportava nove pescadores do país sul-americano. O governo venezuelano disse que o navio dos EUA estava equipado com poderosos mísseis de cruzeiro e tripulado por fuzileiros navais altamente treinados.
A Venezuela exigiu que os EUA cessem imediatamente essas ações que colocam em risco a segurança e a paz do Caribe”.
A mobilização naval dos EUA ocorre em meio a tensões crescentes entre Washington e Caracas após o anúncio da procuradora-geral dos EUA, Pamela Bondi, no início de agosto, de uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à prisão do presidente Nicolás Maduro.























