Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O Conselho da Federação Russa aprovou nesta quarta-feira (22/10) a ratificação de um acordo de parceria estratégica com a Venezuela. A medida ocorre no contexto da intensificação das ameaças dos Estados Unidos de Donald Trump sobre o governo de Nicolás Maduro

“O acordo entre a Federação Russa e a República Bolivariana da Venezuela sobre parceria e cooperação estratégicas, assinado em Moscou em 7 de maio de 2025, será ratificado”, diz a resolução.

De acordo com a agência de notícias estatal TASS, o tratado já aprovado pela Duma, a câmara baixa do Parlamento russo, agora aguarda apenas a assinatura de formalização do presidente Vladimir Putin para entrar em vigor. 

Anunciado em 7 de maio, o decreto foi assinado semanas atrás, em 7 de outubro, pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que confirmou o endosso ao tratado de parceria estratégica com a Rússia. A cooperação tem validade de dez anos, sendo renovável a cada cinco. 

O texto prevê expandir a interação entre as duas nações, mencionando uma infraestrutura financeira para facilitar o comércio independente dos sistemas ocidentais, a contemplação de investimentos conjuntos em setores como petróleo, gás e mineração. Além disso, fortalecer a cooperação em segurança global, incluindo a luta contra o terrorismo, o tráfico de drogas, a lavagem de dinheiro e, no âmbito econômico e global, o apoio à aspiração da Venezuela de ingressar no BRICS.

Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, expressa solidariedade à Venezuela diante das ameaças dos Estados Unidos
Valery Sharifulin/TASS

Em meio à campanha de intervenção norte-americana, aprovação das operações da agência central de espionagem CIA e mobilização da Marinha no Caribe, na terça-feira (21/10), o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, declarou apoio a Caracas durante uma reunião com o embaixador venezuelano da Rússia, Jesus Rafael Salazar Velázquez.

O chanceler reafirmou “a solidariedade com o governo e o povo da Venezuela diante das crescentes ameaças externas e tentativas de interferência em assuntos internos”, além de expressar o “total apoio aos esforços de Caracas para defender a soberania nacional”.

(*) Com Ansa e TASS