Rússia admite trabalhar ‘lado a lado’ da Venezuela para conter agressões dos EUA
Em comunicado, Kremlin explicou que ‘estamos em contato frequente com nossos parceiros e atuando contra ameaças existentes e potenciais’
O governo da Rússia difundiu nesta quinta-feira (30/10) um comunicado dizendo que o país está “trabalhando lado a lado da Venezuela” para enfrentar as ameaças sofridas pela nação sul-americana em função das ameaças dos Estados Unidos no Mar do Caribe.
A mensagem foi lida em uma coletiva de imprensa pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, e esclarece que Moscou está atuando “para atender às solicitações de Caracas”.
“Estamos em contato frequente com um parceiro importante (a Venezuela) e trabalhando lado a lado para enfrentar ameaças existentes e potenciais”, acrescentou a funcionária russa.
Zakharova também afirmou que Rússia e Venezuela já trabalharam juntos em outros conflitos envolvendo tanto um lado quanto o outro.
“Essa é uma cooperação que nos ensinou a estar unidos e olhar os cenários com serenidade, mas também com confiança uns nos outros. Já superamos dificuldades no passado e estamos preparados para qualquer eventualidade”, frisou a diplomata.

Porta-voz russa disse que Moscou e Caracas estão em frequentemente em contato desde o início das ameaças dos EUA no Caribe
TASS
Na quarta-feira (29/10), em outra coletiva, o porta-voz da Presidência da Rússia, Dmitri Peskov, declarou que “a Venezuela é um Estado soberano e, em qualquer caso, partimos da premissa de que tudo o que acontece em relação à Venezuela deve ser feito de acordo com o espírito e a letra do direito internacional”.
Ambas as declarações dos funcionários russos acontecem em meio a novos ataques realizados pelas forças militares dos Estados Unidos no Mar do Caribe, contra alvos supostamente ligados ao narcotráfico – embora Washington não tenha apresentado as provas que justifiquem tais ações.
O último ataque ocorreu nesta quarta-feira contra uma embarcação que navegava pelo Oceano Pacífico, e que resultou na morte de 14 pessoas.
Vale acrescentar que, além dos ataques à Venezuela, a narrativa norte-americana passou a incluir também a Colômbia na lista de países que supostamente apoiam o que a Casa Branca define como “narcoterrorismo”.
Ademais, esse relato busca criminalizar não só as duas nações como também os seus presidentes, Nicolás Maduro e Gustavo Petro, respectivamente.
Com informações de RT.























