Putin protesta após Polônia excluir Rússia do aniversário da libertação de Auschwitz pelo Exército soviético
Moscou ironizou participação no evento do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, apoiado por setores neonazistas em seu país
O evento realizado pelo governo da Polônia nesta segunda-feira (27/01) em comemoração ao 80º aniversário da libertação dos judeus presos no campo de concentração de Auschwitz foi marcado pela polêmica ausência de representantes do governo da Rússia, situação que contrasta com o fato de que foi o Exército Vermelho da União Soviética que realizou aquela façanha.
O presidente russo Vladimir Putin difundiu uma declaração por escrito nesta mesma segunda para protestar contra a decisão polonesa de não convidar as autoridades do seu país. “É preciso lembrar sempre que foi o soldado soviético que derrotou esse terrível mal e alcançou a vitória total (contra o nazismo), e que essa grandeza permanecerá para sempre na história mundial”, enfatizou o mandatário.
Na mesma mensagem, Putin acrescentou que “a Rússia continuará fazendo todo o possível para proteger o direito das pessoas à identidade étnica, linguística e espiritual, e impedir a disseminação do antissemitismo, da russofobia e de outras ideologias racistas”.
Em coletiva também realizada nesta segunda-feira, a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Maria Zakharova, reforçou a crítica, dizendo que “não haverá ninguém (na cerimônia) que mencione e agradeça aos soldados-libertadores soviéticos”.

TASS
Putin disse que ‘foi o soldado soviético que derrotou esse terrível mal e alcançou a vitória total’ contra o nazismo
“Talvez seja o caso de recordar aos organizadores (da cerimônia) e a todos os europeus, que suas vidas, seu trabalho, seu tempo livre, a existência de seu povo, dos seus filhos, tudo isso foi conquistado graças à ação dos soldados soviéticos que pagaram com suas vidas e seu sangue. Vocês estão em dívida com eles”, ressaltou a funcionária diplomática.
Na mesma coletiva, Zakharova criticou a presença no evento do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, “cujas ações promovidas durante boa parte do seu governo contam com o apoio de grupos neonazistas do seu país, setores ideologicamente conectados com aquilo que deveria ser repudiado no dia de hoje”.
Além de Zelensky, participam do evento em Auschwitz autoridades como o presidente da França, Emmanuel Macron, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, além dos monarcas do Reino Unido, Carlos III, e da Espanha, Felipe VI, entre outras figuras.
Vale recordar que, nesta mesma segunda-feira, a Rússia o 81º aniversário de outra vitória do Exército Vermelho contra os nazistas: a que colocou fim ao Cerco a Leningrado (hoje chamada São Petersburgo) após 872 dias de ataques alemães contra a cidade.
Com informações de RT.























