Putin e Trump devem se encontrar sexta-feira no Alasca, afirma Kremlin

Vladimir Putin e Donald Trump planejam se encontrar no Alasca na sexta-feira (15/08). Os planos para realizar uma cúpula russo-americana no Alasca podem sugerir que Moscou e Washington já concordaram com uma solução para a crise na Ucrânia, disse à TASS o diretor do Instituto de Estudos Nucleares da Universidade Americana, Peter Kuznick.

O estado do Alasca – antigamente território russo, parte dos EUA desde 1867 – foi escolhido como local para uma cúpula entre os líderes. O assessor de relações exteriores do Kremlin, Yuri Ushakov, disse que a escolha era um local “inteiramente lógico” para o encontro, já que Putin ainda é procurado pelo Tribunal Penal Internacional, por conta da guerra da Ucrânia. Há um mandado de prisão em aberto, mas nem a Rússia e nem os EUA reconhecem o tribunal.

Trump busca encerrar a questão e seguir adiante, acredita Maxim Suchkov, diretor do Instituto de Estudos Europeus do Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou, segundo a TASS. O especialista acrescentou que tanto Moscou quanto Washington também estão interessados em abordar outros tópicos, incluindo Oriente Médio, Síria, Irã e exploração espacial.

Ushakov enfatizou que Moscou e Washington dedicarão os próximos dias a definir os parâmetros da reunião, mas que este não será um processo fácil. Ao mesmo tempo, a próxima cúpula poderá ocorrer na Rússia, para a qual Trump já foi convidado.

Na última quinta-feira (07/08) o Kremlin confirmou a reunião entre Putin e Trump. O anúncio ocorreu um dia após o encontro entre o presidente da Rússia com Steve Witkoff, enviado especial norte-americano. “Eles tiveram uma conversa bastante útil e construtiva”, disse Ushakov após a reunião.

The Guardian destaca que este será o primeiro encontro entre os líderes dos EUA e da Rússia desde a reunião entre Putin e Joe Biden, em Genebra, em 2021. Ainda não há definição sobre o local da nova reunião.

Em declarações recentes, Trump afirmou haver uma “boa chance” de que o encontro aconteça “muito em breve”, possivelmente já na próxima semana, e que espera um avanço diplomático em relação à guerra na Ucrânia.