Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Pam Bondi, procuradora-geral dos Estados Unidos, participou de uma audiência no Comitê Judiciário do Senado nesta terça-feira (07/10). Ela respondeu aos senadores democratas e republicanos sobre o uso do Departamento de Justiça (DoJ) como um instrumento político do governo Trump.

Durante a sessão, os senadores levantaram uma série de episódios controversos da administração Trump, incluindo a demissão de juízes que se recusaram a indiciar desafetos do republicano, o envio da Guarda Nacional a cidades governadas por democratas, a não abertura dos arquivos de Jeffrey Epstein.

Em sua fala inicial, Bondi afirmou que seu trabalho é remediar a “traição histórica da confiança pública” promovida pela administração Biden.

Segundo a procuradora, o país está retornando à “missão principal de combater o crime real” e que “em oito curtos meses, fizemos um progresso tremendo em direção a esses objetivos”.

O membro mais graduado do Comitê, o senador democrata Dick Durbin, de Illinois, resumiu as críticas dos congressistas ao Departamento de Justiça. “A principal agência de aplicação da lei do nosso país se tornou um escudo para o presidente e seus aliados políticos quando eles se envolvem em má conduta”, afirmou.

Procuradora-geral defende Trump ao negar uso político do Departamento de Justiça
United States Department of Justice

‘Mancha enorme’

Dirigindo-se a Bondi, ele afirmou: “em apenas oito meses, a senhora transformou fundamentalmente o Departamento de Justiça e deixou uma mancha enorme na história americana. Levará décadas para se recuperar”.

Ele mencionou o caso de Lindsey Halligan, afirmando que a nova procuradora dos Estados Unidos para o distrito leste da Virgínia é parte de uma “rede de mega legalistas não qualificados disfarçados de promotores federais”.

Halligan foi nomeada após seu antecessor, Erik Sieber, afirmar não haver evidências para indiciar adversários políticos de Trump, como o ex-diretor do Departamento Federal de Investigação (FBI, por sua sigla em inglês) James Comey e a procuradora-geral de Nova York, Letitia James.

A recusa do governo Trump em divulgar os arquivos de Jeffrey Epstein também foi pauta da sabatina. O senador democrata Dick Durbin, de Illinois, questionou a afirmação pública de Bondi de que a “lista de clientes” de Epstein estava “parada” em sua mesa para revisão, segundo ele apenas para “produzir informações já públicas”.

Bondi reagiu dizendo que, na verdade, ela havia dito que “ainda tinha que revisar” os documentos, e reafirmou que não havia nenhuma lista de clientes.