Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Em meio às ameaças dos Estados Unidos contra a Venezuela e o governo de Nicolás Maduro, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, rechaçou nesta terça-feira (19/08) o intervencionismo norte-americano.

Durante sua coletiva de imprensa diária, a mandatária mexicana foi questionada sobre a decisão de Caracas em mobilizar de 4,5 milhões de voluntários, integrantes das Milícias Nacionais Bolivarianas, em resposta à oferta de US$ 50 milhões (R$ 273 milhões) oferecida pelos EUA pela captura de Maduro.

Em resposta, Sheinbaum defendeu a “autodeterminação dos povos e a resolução pacífica de disputas”, e disse que a rejeição ao intervencionismo “é apenas uma convicção que está na Constituição”.

“A Constituição afirma isso claramente, e sempre foi nossa posição: a autodeterminação dos povos, a não intervenção e a resolução pacífica de disputas. Tudo se resolve por meio do diálogo”, enfatizou Sheinbaum.

Presidente do Méxido disse que repúdio ao intervencionismo “está na Constituição mexicana”
Claudia Sheinbaum Pardo/X

Escalada nas ameaças

Desde as eleições municipais de 27 de julho, os EUA aumentaram o volume das declarações contra o governo venezuelano. Em entrevista à Fox News, a procuradora-geral dos EUA, Pamela Bondi, disse que foram apreendidos mais de US$ 700 milhões em bens de Maduro. Ela disse que seriam “mansões, carros, aviões e jóias” confiscadas, mas não apresentou nenhuma prova e não deu indicações de onde estariam esses bens.

Além disso, os EUA anunciaram o aumento para US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) na recompensa por informações que levem à prisão do presidente Nicolás Maduro.

Os EUA também enviaram tropas para o sul do mar do Caribe para realizar operações militares na região. De acordo com o governo norte-americano, o objetivo é prender traficantes latino-americanos e relacionou um desses grupos ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

A medida reforça, sem apresentar provas, a narrativa de que Maduro é chefe do Cartel dos Sóis, uma suposta organização criminosa, classificada como organização terrorista internacional por Washington em 25 de julho.

(*) Com Brasil de Fato e informações de La Jornada