Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou que o discurso do mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, “não é nada mais do que uma releitura de [Adolf] Hitler”. A declaração do colombiano foi feita durante a Cúpula do Fórum Global sobre Migração e Desenvolvimento, evento realizado entre esta terça (02/09) e a próxima quinta-feira (04/09).

“Não se pode permitir que Trump diga que os migrantes são criminosos e construa prisões que são campos de concentração, que nada mais são do que uma releitura de Hitler”, declarou o líder durante a reunião em La Guajira, localizada no extremo norte do país, na região do Caribe.

Petro recomendou que Trump “se separe de Hitler” e questionou “como é possível” existirem defensores de ideais nazistas.

O líder colombiano disse ainda que os cidadãos norte-americanos precisam saber “que a América não é deles, mas sim uma terra pluralista e livre”, em crítica às deportações em massa impostas pelo governo republicano.

Além de críticas aos EUA, o presidente também rejeitou as políticas de imigração da Europa, chamando-as de “absolutamente violadoras dos direitos humanos”.

Petro enfatizou que migração representa “riqueza cultural que fomenta convivência e respeito à diversidade”
Cancillería Colombia/X

Como resposta às políticas excludentes dos EUA e da Europa, Petro propôs que a América Latina e o Caribe “defendem sua história de diversidade como uma força contra discursos de superioridade racial”.

A 15ª Cúpula do Fórum Global sobre Migração e Desenvolvimento reúne representantes de 40 países, agências da ONU e sociedade civil. Entre os países, participam delegações do Canadá, Espanha, França, México, Áustria, Bélgica, Brasil, Equador, Peru, El Salvador, Paraguai, Cuba, Índia, Suíça, Madagascar, Bangladesh, Filipinas, Mianmar, China e África do Sul.

O evento conta com 21 eventos paralelos e diálogos temáticos sobre mulheres migrantes, mudanças climáticas e tecnologias aplicadas à mobilidade humana.

O fórum busca consenso para fortalecer a integração social, promover rotas de mobilidade seguras e reconhecer a migração como um motor de crescimento, inovação e redução de desigualdades.

Neste sentido, Petro enfatizou que a migração representa “uma riqueza cultural que fomenta a convivência e o respeito à diversidade”.

(*) Com TeleSUR, informações de El Tiempo e LatinUS