Preço do cacau dispara após Costa do Marfim suspender exportação
Preço do cacau dispara após Costa do Marfim suspender exportação
Em uma tentativa de pressionar a saída do presidente Lauren Gbagbo do poder, o presidente eleito da Costa do Marfim Alassane Ouattara ordenou nesta segunda-feira (24/01) que a venda do cacau – principal produto de exportação do país – seja suspensa por um mês. Com isso, o preço do cacau no mercado internacional aumentou até 7%. Ouattara pretende asfixiar economicamente Gbagbo.
No mercado NYBoT-ICE de Nova York, a tonelada de cacau para entrega em março subiu a 3.393 dólares, recorde máximo desde janeiro de 2010. Enquanto isso, na Liffe de Londres, o cacau com o mesmo vencimento chegou a 2.307 libras por tonelada, cotação mais alta desde agosto do ano passado, segundo a agência Franca Press.
Os temores dos operadores sobre uma intensificação da crise política na Costa do Marfim, maior produtor e exportador mundial, já haviam contribuído na semana passada para uma alta de 14% dos preços do cacau. As exportações de cacau e café representam cerca de 20% do PIB (Produto Interno Bruto) da Costa do Marfim e pelo menos 40% da renda total de exportações.
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A medida também foi estendida ao grão de café. O país africano é o 12º produtor mundial de café e o terceiro da África, por isso a interrupção das vendas do produto também pode ter efeito no mercado mundial.
Em sua sentença, Soro também prevê sanções contra os produtores não cumprirem a ordem, tanto submissas à legislação do país como à normativa internacional. Ouattara foi reconhecido pela comunidade internacional como presidente eleito da Costa do Marfim nas eleições de 28 de novembro, depois que a Comissão Eleitoral Independente (CEI) apontou sua vitória, que foi certificada pelas Nações Unidas.
Gbagbo, no poder desde 2000, se negou a reconhecer sua derrota e o Conselho Constitucional, formado por seus seguidores, anulou os resultados em oito distritos favoráveis a Ouattara.
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