Polícia de NY prende políticos e ativistas em ato contra política migratória de Trump

A Polícia de Nova York prendeu nesta quinta-feira (18/09) dezenas de ativistas, servidores públicos e até políticos regionais que realizaram protestos em frente ao edifício do Serviço de Imigração e Alfândegas (ICE, por sua sigla em inglês) contra a política migratória do governo de Donald Trump.

O protesto foi convocado pela Coalizão pró Imigração de Nova York (NYIC, por sua sigla em inglês), em reação à morte do trabalhador imigrante Silverio Villegas-González, de origem mexicana, que teria sido baleado por agentes do ICE enquanto levava seus filhos à escola.

Também houve cartazes e gritos criticando as condições de detenção dadas pelo ICE aos imigrantes presos, argumentando que as organizações civis possuem provas de cometimento de tortura e outras violações aos direitos humanos.

A repressão da polícia ao ato contra o ICE terminou com a prisão de ao menos 75 pessoas, segundo comunicado publicado pelo NYIC horas depois do evento.

Ativista é levado preso por policiais durante protesto contra o ICE em Nova York
NYIC Action / X

Entre os detidos estavam algumas figuras públicas destacadas, como o controlador municipal de Nova York, Brad Lander, as defensoras públicas municipais Jumaane Williams e Julia Salazar, e os parlamentares regionais Gustavo Rivera, Jessica González Rojas e Marcela Mitaynes – todos os três militantes do Partido Democrata.

Zohan Mamdani

Minutos após a prisão dos ativistas, o candidato do Partido Democrata à Prefeitura de Nova York, Zohran Mamdani, publicou uma mensagem em seus perfis nas redes sociais expressando sua solidariedade com os detidos e com os imigrantes que, segundo ele, enfrentam “condições desumanas” nos presídios do ICE.

“Celas superlotadas, ambiente insalubre, acesso limitado a comida e água. Essas são as condições desumanas que o ICE entrega aos detentos e alguns dos meus colegas (do Partido Democrata) tentaram inspecionar esse edifício hoje, mas acabaram sendo presos. Eles devem ser libertados imediatamente”, escreveu Mamdani.