Petro rechaça prisão de latinos nos EUA: 'meu povo quem sofre'
Vídeo mostra agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) agarrando homem pelo pescoço que aparenta estar tendo uma convulsão epiléptica, enquanto segura uma criança
O presidente colombiano, Gustavo Petro, rechaçou neste sábado (08/11) ao vídeo do momento em que agentes do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE) agarraram um homem pelo pescoço aparentemente sofrendo uma convulsão epiléptica, enquanto ele segurava a filha nos braços, durante a tentativa de prisão de sua esposa.
Através de um post no X, o presidente criticou o governo republicano e denunciou os ataques contra imigrantes latino-americanos. “Discordo, presidente Trump, que isso aconteça dentro do seu país, mas sim contra o meu povo”, escreveu ele.
“Por que estão tirando à força bebês latino-americanos de seus pais latino-americanos? Será que eles não sabem que há sangue norte-americano correndo em suas veias há 30 mil anos?”, questionou Petro em sua conta, em meio às crescentes tensões entre Bogotá e Washington.
Na última quinta-feira (06/11), agentes do ICE entraram em confronto violento com um casal e seu bebê em Fitchburg, Massachusetts, ao tentarem prender a mulher, identificada como Milena Ojeda Montoya, uma cidadã equatoriana com antecedentes criminais. O Departamento de Segurança Interna afirmou que as ações do homem não pareciam ser “legítimas do ponto de vista médico”, acrescentando que Montoya era uma “estrangeira criminosa e criminosa violenta”.
A Subsecretária do Departamento de Segurança Interna dos EUA, Tricia McLaughlin, afirmou em um comunicado, em sua conta no X, que o episódio do homem não apresentava características de ser “medicamente legítimo”.
McLaughlin revelou que o único alvo do ICE era a mulher que aparece no vídeo. Segundo a subsecretária, Ojeda-Montoya chegou aos EUA durante o governo de Joe Biden, já havia sido presa em agosto por esfaquear uma colega de trabalho com uma tesoura.
Por sua vez, Ayanna Pressley, congressista de Massachusetts, denunciou a “violência e crueldade” do estado. “Este é um exemplo repugnante do flagrante desrespeito de Trump e do ICE pela humanidade, enquanto aterrorizam nossas famílias e comunidades”. E concluiu afirmando: “é vergonhoso, cruel e precisa acabar”.























