Petro rebate declarações de Álvaro Uribe sobre assassinato de candidato presidencial
Presidente colombiano relembrou episódios históricos de violência política, como o assassinato do jornalista Jaime Garzón
O presidente colombiano Gustavo Petro respondeu ao ex-presidente Álvaro Uribe na quarta-feira (13/08) depois que este o acusou de instigar o assassinato do candidato presidencial Miguel Uribe Turbay, do partido de direita Centro Democrático.
Durante o funeral de Uribe Turbay na Catedral Primaz de Bogotá, Uribe, que cumpre pena de 12 anos de prisão domiciliar por suborno de testemunhas e outros crimes, acusou o atual governo de instigar o ataque ocorrido em 7 de junho.
Nesse sentido, o presidente Petro rejeitou as acusações, lembrando episódios históricos de violência política, como o assassinato do jornalista Jaime Garzón.
“Álvaro Uribe está cheio de veneno. Ignora o genocídio da União Patriótica (UP) e a participação do Estado nele. Ignora inclusive o fato de que Jaime Garzón foi assassinado há 26 anos a mando de um assessor de seu governo, e culpa o atual governo, mesmo sabendo que as evidências apontam para os mesmos assassinos da UP”, disse o presidente.
O chefe de Estado também afirmou que “agora as pessoas estão subjugando, como antes faziam, a extrema direita está marcando a linha”.
Em carta lida por Gabriel Vallejo, diretor do Centro Democrático, o ex-presidente afirmou que o crime foi cometido “com o intuito de vingança induzida pelo Presidente da República”.
Da mesma forma, ao afirmar que “os assassinos de Miguel Uribe querem que nos matemos uns aos outros. Essa é a vitória deles. Não se deixem enganar”, Petro indicou que rejeitava as palavras do ex-presidente Uribe Vélez, revitimizando dezenas de milhares de familiares dos assassinados.
O líder colombiano, acrescentou que UP, ou União Patriótica, é vítima do Estado e foi condenada por um órgão judicial: a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH ). Isso envolve mais de 6.000 assassinatos políticos de membros do partido, incluindo dois candidatos presidenciais, e suas facções no Senado e na Câmara dos Representantes. Casos semelhantes só foram observados na Indonésia e na Alemanha de Hitler.























