Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Organizações sociais do Peru se mobilizaram na última quinta-feira (10/11) contra as tentativas de golpe promovidas pela oposição no Congresso do país, além de exigir que o governo realize reformas para melhorar a qualidade de vida da população peruana. 

A mobilização aconteceu após o primeiro-ministro peruano, Aníbal Torres, pedir na semana passada para participar do plenário legislativo “a fim de levantar uma moção de confiança” – ferramenta utilizada pelo governo vigente como proposta parlamentar para verificar se o Congresso confia na administração do Executivo. No caso, do governo de Pedro Castillo

Em resposta, o presidente do Poder Legislativo, José Williams, rejeitou o pedido feito pelo chefe do Conselho de Ministros, alegando que ele estava tentando “fechar o Congresso”.

No mês de outubro, Torres já havia denunciado que o Congresso peruano era uma “ditadura que fazia muitos danos ao país”, quando outro pedido de moção de confiança feito pelo ministro foi recusado pelo órgão legislativo. 

Coletivos, associações e cidadãos tomaram as ruas de diversas cidades do país, com destaque na manifestação que aconteceu na Plaza San Martin, na capital Lima, onde se reuniram organizações sociais que apoiam a administração do presidente Castillo. 

Os protestos expressaram rejeição às tentativas dos setores da oposição no Congresso de retirar o presidente do cargo.

Congresso liderado pela oposição operou três tentativas de impeachment contra presidente Pedro Castillo

Twitter/Pedro Castillo

Nas manifestações, organizações sociais apoiaram administração do presidente Pedro Castillo

Os cidadãos também pediram uma Assembleia Constituinte para redigir uma nova constituição no país, com respeito pela democracia. Além disso, os protestos do dia ratificaram o apoio a Castillo, que em pouco mais de um ano e meio de governo sofreu com três tentativas de impeachment.

Em meio a instabilidade política, a subcomissão de acusações constitucionais foi convocada na legislatura também na quinta-feira para promover um debate sobre “a possível desqualificação do presidente para o suposto crime de traição”. 

Castillo também enfrenta suposta denúncias por corrupção, relacionando-o a uma organização criminosa para fraudes de licitações públicas. O Ministério Público peruano também acusou a primeira-dama, Yennifer Paredes, de fazer parte do tal esquema.

A situação levou Castillo a solicitar no final de outubro a ativação da Carta Democrática da Organização dos Estados Americanos (OEA) para impedir uma nova tentativa de impeachment. 

(*) Com Telesur