Apesar de crises, partido de Milei surpreende e vence legislativas na Argentina
Liberdade Avança obteve 40,7% dos votos; aliança peronista ficou em segundo lugar, com 34,8%; abstenção foi de 34%
Em meio a escândalos de corrupção, o partido do presidente argentino, Javier Milei, venceu as eleições legislativas neste domingo (26/10) na Argentina.
Com 99,3% das urnas abertas, o partido governista Liberdade Avança obteve 40,7% dos votos e elegeu 64 deputados, deixando em segundo lugar a coalização peronista, em torno do Força Pátria, com 34,8% dos votos e eleição para 48 vagas.
Outros partidos também elegeram deputados: o Províncias Unidas obteve 7,4% dos votos e emplacou 8 parlamentares, a Frente de Esquerda, com 3,9%, elegeu 3; os Provinciais com 3,9% dos votos conquistaram 3 assentos e a União Cívica Radical, com 1,1%, elegeu um deputado.
No Senado, a Liberdade Avança obteve 42% dos votos e conquistou 13 senadores, seguido pelos peronistas com 36,9% dos votos e 9 senadores. Os Provinciais obtiveram 9,3% dos votos e elegeram 2 senadores. As demais forças não elegeram senadores.
Enquanto as contagens estão sendo finalizadas, o partido de Milei vence na Cidade de Buenos Aires, Mendoza, Entre Ríos, Chaco, San Luis, Salta, Corrientes, Córdoba, Jujuy, Tierra del Fuego e Santa Cruz. Já o PJ (Partido do Partido Popular) lidera em Formosa, Tucumán, Santiago del Estero, Catamarca, La Rioja e La Pampa.
Os argentinos renovaram 127 cadeiras na Câmara dos Deputados de um total de 257 assentos; e 24 vagas no Senado de um total de 72 senadores.
Alta abstenção
A eleição deste domingo registrou a maior abstenção desde o retorno do país à democracia, destaca a imprensa argentina: 34%, um total de 12,2 milhões de argentinos que decidiram não votar, apesar de o voto ser obrigatório para 36 milhões de eleitores. Segundo a Câmara Nacional Eleitoral, a participação foi de 67,8%. Nas legislativas anteriores, em 2021, ela atingiu 71,76%.

Partido de Milei surpreende e vence legislativas na Argentina
@LLibertadAvanza
A vitória nestas eleições foram decisivas para o governo Milei em meio ao escândalo vinculado a José Luis Espert, ex-candidato do LLA, forçado a renunciar devido à investigação criminal sobre suas ligações com o narcotráfico. E frente à investigação de suborno na ANDIS, a Agência de Deficiência do país, envolvendo o alto escalão do governo, incluindo a própria irmã do presidente, Karina Milei.
Ela eleição também foi decisiva à manutenção do apoio dos Estados Unidos ao governo Milei. Após liberar US$ 20 bilhões de ajuda ao líder de extrema direita, o presidente Donald Trump fez um alerta condicionando o suporte às eleições deste domingo: “se ele ganhar, continuaremos com ele. Se não ganhar, vamos embora”, disse.























