Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos, quebrou o silêncio diante das acusações do atual mandatário do país, Donald Trump, de que ele teria articulado uma tentativa de um “golpe” nas eleições de 2016. Na época, o republicano disputava as urnas contra a democrata Hillary Clinton.

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (23/07) por seu escritório político, Obama classificou as acusações ‘ridículas’ como uma tentativa de Trump de desviar a atenção da opinião pública das crises políticas que afetam o atual governo.

Nesta terça-feira (22/07), Trump afirmou a jornalistas que o democrata seria o líder de uma quadrilha. “Ele começou isso, e Biden estava lá com ele. E [James] Comey [o ex-diretor do FBI] estava lá, e [James] Clapper [o ex-diretor de inteligência nacional], todo o grupo estava lá”.

“Foram eles também, mas o líder da quadrilha era o presidente Obama, Barack Hussein Obama. Já ouviram falar dele? (…) “Ele é culpado. Isso foi traição”, afirmou.

No texto, o escritório de Obama rebate o relatório de 11 páginas divulgado na semana passada pela diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, com supostas provas da “conspiração traiçoeira” envolvendo antigos assessores de segurança do ex-presidente.

Resposta de Obama

“Por respeito ao cargo da presidência, nosso escritório normalmente não se dá ao trabalho de responder às constantes bobagens e desinformações que saem desta Casa Branca (…) mas essas alegações são tão ultrajantes que merecem uma resposta. Essas acusações bizarras são ridículas e uma tentativa fraca de distração”, diz o texto.

‘Essas acusações bizarras são ridículas e uma tentativa fraca de distração’, afirma comunicado divulgado pelo escritório de Obama
Pete Souza / White House

E complementa: “nada no documento divulgado na semana passada enfraquece a conclusão amplamente aceita de que a Rússia trabalhou para influenciar a eleição presidencial de 2016, mas não conseguiu manipular votos com sucesso”. Em 2020, o Comitê de Inteligência do Senado, bipartidário, liderado então pelo presidente Marco Rubio, confirmou esta conclusão, afirma a nota.

Ao divulgar a notícia, The Guardian conversou com o ex-oficial da CIA, Fulton Armstrong, que desqualificou o relatório de Gabbard. Ele disse que o documento “foi obviamente escrito com uma conclusão pré-determinada”.

“O maior problema é que o artigo da Tulsi é uma porcaria. A referência dela a ‘oficiais do estado profundo’ é amadora, boba e enfraquece todo o maldito documento”, afirmou.