Quinta-feira, 18 de dezembro de 2025
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Em escala na Alemanha, após proferir discurso histórico ontem (4), na Universidade do Cairo, Egito, Barack Obama reiterou hoje (5) a necessidade da criação do Estado palestino como solução ao conflito no Oriente Médio. O termo “um novo começo” foi mais uma vez utilizado pelo presidente norte-americano.

Obama se reuniu em Dresden com a chanceler alemã, Angela Merkel, com quem abordou assuntos como o Oriente Médio e o Afeganistão, antes de visitar esta tarde o campo de concentração de Buchenwald.

O presidente disse que seu país “não pode forçar a paz entre as partes envolvidas”, mas pode tentar “esclarecer alguns dos mal-entendidos” entre israelenses e palestinos.

Segundo ele, Israel terá de aceitar a criação de um Estado palestino e renunciar a seus assentamentos nos territórios ocupados. Mas Obama afirmou também que os palestinos deverão combater a corrupção e melhorar a segurança, matéria em que “conseguiram alguns progressos, mas não os suficientes”. 

Obama, que começou sua atual viagem na Arábia Saudita, na quarta-feira, partirá ainda esta noite para a França, onde amanhã participará dos atos de comemoração do 65º aniversário do desembarque das tropas aliadas na Normandia.

Hisbolá

O deputado do movimento xiita libanês Hisbolá Nawar el-Sahali qualificou hoje como “teórico” e alheio à realidade regional a mensagem ao mundo muçulmano feita pelo presidente Obama. A manifestação do grupo dissona em certa medida da impressão positiva da maioria dos representantes do mundo árabe, como o Hamas, que comparou o discurso de Obama ao “I Have a Dream”, de Martin Luther King.

“Em vez de dar lições aos árabes e muçulmanos, ele deveria impedir o que Israel está fazendo na Palestina e seu Exército (dos EUA) no Afeganistão e Paquistão”, afirmou ao jornal New York Times. “Queremos ver ação, e não escutar palavras”, insistiu o deputado do Hisbolá.

Muro de Berlim: 20 anos

Merkel convidará hoje Obama a assistir, no dia 9 de novembro, aos atos festivos por ocasião do 20º aniversário da queda do muro de Berlim e das revoluções pacíficas no leste da Europa.

A informação foi publicada hoje pelo jornal “Leipziger Volkszeitung”, que ouviu fontes governamentais alemãs.

Obama pede urgência em solução de dois Estados no Oriente Médio

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