Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou na manhã desta terça-feira (23/09) na 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Com uma falha no sistema de teleprompter, ele disse que ia fazer uma fala “do coração”, que durou cerca de 57 minutos.

Assista e leia o discurso de Lula na 80ª Assembleia da ONU na íntegra

A fala, no entanto, atacou diversos países, a União Europeia e até mesmo as Nações Unidas. Trump disse que encerrou sete guerras sem a ajuda da entidade e questionou: onde eles estavam?”

O jornal norte-americano New York Times criticou o discurso de Trump, afirmando que o presidente foi à tribuna da ONU “fazer alegações falsas e dar sermões”.

Segundo o periódico, a fala do republicano foi repleta de “queixas” em um momento no qual a Casa Branca “retira o financiamento e apoio aos programas” das Nações Unidas. O jornal apontou que o discurso sucedeu o secretário-geral da ONU, que “alertou que os princípios da organização estão sob cerco.

“O presidente Trump questionou a missão das Nações Unidas e apresentou uma lista familiar de queixas em um discurso sinuoso perante a Assembleia Geral”, disse o NYT, afirmando que o presidente norte-americano usou o espaço para “fazer afirmações duvidosas sobre imigração e energia verde”.

Em determinado momento, Trump relacionou a imigração e energia renovável como forças que “estão destruindo grande parte do mundo livre”. Ainda sobre questão migratória, chamou de “ridícula” a “medida de fronteiras abertas” realizada por seu antecessor, Joe Biden,.

“Se você entrar ilegalmente nos EUA, você será preso ou voltará para o seu país”, afirmou.

O NYT apontou o momento em que Trump falou sobre o genocídio em Gaza, repetindo sua exigência de que “queremos todos os reféns de volta” de Gaza, “sem mencionar os esforços de Israel para tomar a Cidade de Gaza ou suas promessas anteriores de levar mais alimentos e ajuda ao enclave”.

Ainda segundo o jornal, o bloqueio israelense à ajuda ao enclave “tem gerado acusações de genocídio” em meio a uma “crescente crise humanitária”.

‘Química ótima’

Nos bastidores da Assembleia, Trump disse que teve um rápido encontro com o homólogo brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, anunciando que marcou uma reunião entre os dois para a próxima semana.

“Tive uma química ótima com o presidente do Brasil (…) Ele parece ser um cavalheiro, muito gentil. Na verdade, ele gostou de mim”, disse o republicano. “Eu estava entrando e o líder do Brasil estava saindo. Nós nos vimos, eu o vi, ele me viu, e nos abraçamos. (…) Nós realmente combinamos de nos encontrar na próxima semana. Não tivemos muito tempo para conversar, uns 20 segundos. (…) Mas nós conversamos, tivemos uma boa conversa e combinamos de nos encontrar na próxima semana, se isso for de interesse”.

O republicano falou após o presidente brasileiro que, por sua vez, adotou em seu discurso um tom crítico à governança intervencionista do norte-americano.