Modi confirma viagem para China em meio a tensões tarifárias com os EUA
Encontro deve acontecer em 31 de agosto; Ministério das Relações Exteriores da Índia chamou as tarifas de 'injustas, injustificadas e irracionais'
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, participará da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) na China em 31 de agosto, sua primeira visita ao país em sete anos. A decisão ocorre em um momento em que a Índia enfrenta tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos (EUA) em resposta à compra de petróleo russo por Nova Déli.
Além disso, a Índia assinou um protocolo com a Rússia para expandir a cooperação em setores como alumínio, fertilizantes, ferrovias e tecnologia de mineração.
Na cúpula da OCS, o primeiro-ministro indiano buscará se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, apesar das disputas de fronteira entre os dois países. Este encontro representa um esforço para fortalecer os laços com as potências asiáticas em meio ao crescente atrito com Washington.
O Ministério das Relações Exteriores da Índia chamou as tarifas dos EUA de “injustas, injustificadas e irracionais” em um comunicado divulgado na quarta-feira (06/08).
“A Índia tomará todas as medidas necessárias para proteger seus interesses nacionais”, declarou o ministério, defendendo as importações de petróleo bruto russo como uma necessidade para garantir a segurança energética de seus 1,4 bilhão de habitantes.
Em 4 de agosto, o presidente dos EUA, Donald Trump, acusou a Índia de obter “lucros enormes” com a compra de petróleo russo no mercado aberto e assinou uma ordem executiva impondo uma tarifa adicional de 25%. A Índia rejeitou as críticas, argumentando que suas decisões respondem às condições do mercado global. Moscou rejeitou as exigências de Washington como “ameaças ilegítimas”.
O novo acordo Índia-Rússia fortalece a cooperação econômica e estratégica entre as duas nações, em um momento em que Nova Délhi está diversificando suas alianças diante da pressão dos EUA.























