Sábado, 6 de dezembro de 2025
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A Casa Rosada, sede do Poder Executivo da Argentina, foi sede, na noite desta quinta-feira (30/10), de uma grande reunião para a qual o presidente da Argentina, Javier Milei, convocou todos os seus ministros, representantes do Legislativo e do Judiciário e também os governadores de 19 das 23 províncias do país, além do prefeito da capital, Buenos Aires.

Apenas quatro das autoridades mais importantes do país não estiveram presentes: os quatro governadores peronistas: Axel Kicillof (Província de Buenos Aires), Gustavo Melella (Tierra del Fuego), Ricardo Quintela (La Rioja) e Gildo Insfrán (Formosa).

Durante o encontro, o líder da extrema direita afirmou que, após a cerimônia de posse dos novos deputados e senadores eleitos nas eleições legislativas do último domingo (26/10), e com a maioria que a bancada governista montará com essas novas incorporações, o governo levará ao parlamento os novos projetos de reforma com as quais pretende acelerar o processo de “desestatização” defendido em seu programa.

Ver | Milei diz que vitória é ‘ponto de virada’ na Argentina; Trump comemora

Vale recordar que o partido governista A Liberdade Avança, de extrema direita, obteve 40,7% dos votos na eleição para a Câmara dos Deputados realizada no último domingo (26/10), e também 42% na eleição para o Senado, o que significou a formação de uma maioria em ambas as casas legislativas quando se consideram os acordos políticos com outras forças de direita.

A posse dos novos parlamentares eleitos na Argentina acontecerá no próximo dia 10 de dezembro, razão pela qual o governo garantiu que os novos projetos de reforma terão seus trâmites iniciados ainda este ano.

Milei conversou com ministros e governadores em reunião após vitória nas eleições legislativas
Casa Rosada

Três reformas

Segundo o porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni, o novo pacote que será apresentado será conformado por três reformas principais.

A primeira delas será a reforma trabalhista, cujo objetivo será desincentivar a sindicalização e os acordos coletivos, e facilitar as negociações individuais entre trabalhadores e empregadores.

“Temos que defender melhor os trabalhadores que estão atualmente no setor informal e aqueles que estão sendo pressionados pela indústria da sindicalização”, argumentou Adorni.

O segundo projeto é o de reforma tributária, visando “aliviar a carga do setor privado, eliminando alguns impostos ou diminuindo as alíquotas de outros”, de acordo com o porta-voz.

Finalmente, a terceira reforma planejada pelo governo de Milei para os próximos meses será a do Código Penal, “para que os criminosos sejam responsabilizados e o direito à propriedade privada seja protegido”, declarou o representante da Casa Rosada.

Com informações do Página/12.