Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O governo da Argentina anunciou nesta quinta-feira (23/10) o nome do economista Pablo Quirno como novo ministro das Relações Exteriores do país.

A decisão causou certa controvérsia nos meios locais, já que Quirno é um economista com longa experiência no mercado financeiro, com grande parte de sua carreira ligada ao banco norte-americano JP Morgan, mas sem nenhuma experiência ou formação diplomática.

Quirno será o terceiro chanceler em menos de dois anos desde que o presidente de extrema direita Javier Milei assumiu o governo da Argentina, em dezembro de 2023.

Antecessores

O novo titular das Relações Exteriores substituirá Gerardo Werthein, que renunciou na última quarta-feira (22/10). Segundo o site El Destape, o motivo da renúncia teria sido as desavenças entre o agora ex-chanceler e o ministro da Economia, Luis Caputo.

Já o diário Página/12 afirmou que a queda teria ocorrido devido ao fato de que o círculo mais próximo ao presidente considerou que a reunião entre Milei e Trump na Casa Branca, ocorrida há uma semana, não teria obtido os resultados esperados, e que o chanceler seria o principal culpado por essa situação.

Vale lembrar que, na ocasião, Estados Unidos e Argentina assinaram um acordo para um swap de US$ 20 bilhões do Tesouro norte-americano a Buenos Aries, mas o encontro terminou com uma ameaça de Trump, que chegou a dizer que “nós não seremos mais tão generosos com a Argentina”, caso o partido governista A Liberdade Avança não consiga uma vitória nas eleições legislativas do próximo domingo (26/10).

Novo chanceler da Argentina tem longa experiência como economista do banco norte-americano JP Morgan
Javier Milei / X

Werthein permaneceu quase um ano no cargo, já que havia assumido em 30 de outubro de 2024, após a demissão de sua antecessora, Diana Mondino, responsabilizada pelo fato de a Argentina ter votado contra o bloqueio econômico a Cuba em uma sessão da Organização das Nações Unidas (ONU), naquele ano.

Outro renunciado

Também nesta quinta-feira se produziu uma segunda baixa no ministério de Milei, através de outra renúncia: a do agora ex-ministro da Justiça, Mariano Cúneo Libarona.

Segundo o Página/12, o jurista teria tomado a decisão de deixar o governo por se sentir insatisfeito com a aproximção entre o mandatário e o subsecretário Sebastián Amerio, considerado como uma figura próxima à ministra de Segurança Pública, Patricia Bullrich.

Ademais, os meios locais afirmam que Amerio é o favorito para assumir a titularidade da pasta, a partir da reforma ministerial que deve ser anunciada após as eleições legislativas marcadas para o próximo domingo.

No entanto, há rumores que também indicam a possibidade de haver uma fusão entre os ministérios da Justiça e de Segurança Pública.

Com informações de Página/12.