Sábado, 6 de dezembro de 2025
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O México tirou 13,4 milhões de pessoas da pobreza em um período de seis anos, entre 2016 e 2024, segundo dados de seu Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI), revelados na última quarta-feira (13/08).

De acordo com o relatório, o governo de esquerda do ex-presidente Andrés Manuel López Obrador (2018-2024) reduziu o número de pessoas em situação de pobreza no país de 51,9 milhões em 2018 para 38,5 milhões em 2024.

Os números significam que 43,2% da população mexicana vivia em situação de pobreza em 2016. Em 2024, o dado caiu para 29,6% – 3 em cada 10 pessoas no México.

O documento do INEGI é o primeiro que mede a Pobreza Multidimensional, compreendida pelo instituto como um medidor no qual as pessoas não têm renda “para comprar bens e serviços necessários para satisfazer suas necessidades”.

Outra característica do indicador é a falta de acesso a alguns direitos básicos como educação, saúde, moradia e alimentação.

O INEGI ainda compreende por extrema pobreza a situação em que pessoas que apresentam três ou mais déficits entre as privações sociais e têm renda abaixo do equivalente ao valor monetário mensal da cesta básica por pessoa.

Políticas sociais promovidas por López Obrador são continuadas por sua sucessora, presidente Claudia Sheinbaum
Gobierno de la Ciudad de México/Wikicommons

Neste medidor, o México tirou 1,7 milhões de pessoas da extrema pobreza no mesmo período. Em 2016, 8,7 milhões viviam nesta condição, ou seja, 7,2% da população. Em 2024, caiu para 7 milhões, 5,3%.

Já no quesito pobreza moderada, o instituto revela que no ano de 2016 havia 43,5 milhões de pessoas, 36%, no indicador que aborda algumas privações de direitos. Já em 2024, 31,5 milhões, ou seja, 24,2%. A redução foi de 12 milhões.

Além dos indicadores quantitativos, o documento mostra que a pobreza foi reduzida durante este período em todos os 32 estados do país.

Apesar de apresentar os dados, o INEGI não aponta as causas diretas da mudança no cenário social do país. Por outro lado, o jornal mexicano La Jornada afirma que “a tendência coincide com o aumento real de 116,4% nos salários mínimos e o aumento dos gastos com programas sociais”.

O dado mencionado pelo periódico local foi retirado da Pesquisa Nacional de Renda e Despesa Domiciliar (Enigh) de 2024 do INEGI. De acordo com o levantamento, a renda trimestral média das famílias mexicanas aumentou 15,7% entre 2018 e 2024, de 67.319 para 77.864 pesos (cerca de R$23 mil reais).

As políticas sociais e reformas promovidas por López Obrador durante seu governo têm sido continuadas e expandidas por sua sucessora, a presidente Claudia Sheinbaum, que tomou posse do governo mexicano em outubro de 2024.