Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Quase metade da população brasileira acredita que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva deve responder ao tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos, de Donald Trump, sobre os produtos importados do Brasil, conforme aponta a pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta terça-feira (12/08).

De acordo com o levantamento, 49% dos brasileiros avaliam que o país deve retaliar à medida tarifária norte-americana, enquanto outros 43% se opõem a essa estratégia.

Entre aqueles que acreditam que o Brasil tem que responder “na mesma moeda”, 33% concordam completamente, enquanto 16% parcialmente. Do outro lado, entre aqueles que discordam com uma retaliação, 30% discordam totalmente, enquanto 13% em parte. 7% das pessoas não sabem ou não responderam.

Entre aqueles que apoiam a retaliação brasileira, a maioria são eleitores de Lula (61%), moradores das regiões norte/centro-oeste (58%), de 16 a 24 anos (55%), com ensino superior (53%), mulheres (51%), católicos (51%) e por aqueles com renda familiar de 1 a 2 salários mínimos (50%).

Entre aqueles contrários à retaliação, destacam-se eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (56%), moradores do Sul (52%), pessoas que vivem na periferia (52%) e evangélicos (50%). 

Quase metade dos brasileiros defende retaliação ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos de Donald Trump
Ricardo Stuckert/PR

A pesquisa também apontou que 75% da população acredita que o aumento de tarifas decidido por Washington tem motivação política, e apenas 12% acham que se trata de uma questão puramente comercial. Para 5% dos entrevistados, o tarifaço é simultaneamente uma questão comercial e política. Já 8% não souberam ou preferiram não responder.

Entre aqueles que apontaram para o caráter político do tarifaço, a maioria tem de 45 a 59 anos (80%). Na divisão entre as regiões do país, 77% residem no Nordeste e outros 77% no Norte; 71%, no Centro-Oeste; e 72%, no Sul. 

O levantamento da Ipsos-Ipec foi feito entre 1º e 5 de agosto, antes da implementação do tarifaço, e ouviu 2 mil pessoas em 132 cidades. Ele tem margem de erro de dois pontos e nível de confiança de 95%.

(*) Com Ansa