Sábado, 6 de dezembro de 2025
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Atualização às 16h47

As projeções sobre os resultados do 2º turno das eleições legislativas na França, neste domingo (07/07), indicam a vitória da aliança de esquerda Nova Frente Popular (NFP), com o bloco centrista do presidente Emmanuel Macron em segundo lugar, e a extrema direita liderada por Marine Le Pen sendo a terceira força.

De acordo com as estimativas divulgadas pelo instituto de pesquisa Ipsos, a NFP garantirá de 172 a 192 cadeiras no Parlamento, enquanto o bloco do mandatário ficará com 150 a 170. Por fim, a extrema direita deverá lucrar de 131 a 152 assentos.

As pesquisas da Opinionway e da Ifop, por sua vez, indicaram que a NFP poderá conquistar nas eleições de 180 até 210 ou 215, respectivamente. Os números oficiais ainda não foram comunicados.

Com essa quantidade, apesar do quase certo triunfo, a esquerda não conseguirá formar maioria para indicar um primeiro-ministro, já que precisaria de pelo menos 289 cadeiras. A partir de agora, Macron e a NFP deverão iniciar intensas negociações.

Após a divulgação das primeiras projeções, Jean-Luc Mélenchon, líder da esquerda, proclamou que a união da esquerda “salvou a República” e e comentou sobre “difícil cenário” da campanha, que apontava vitória para extrema direita.

Mélenchon ainda declarou que Nova Frente Popular “deve governar” e que os franceses “rejeitaram a pior solução”, referindo-se à extrema direita.

“A extrema direita está longe da maioria. O resultado eleitoral é o resultado de um magnífico esforço de mobilização”, declarou.

Jean-Luc Mélenchon/Twitter
Após a divulgação das primeiras projeções, Jean-Luc Mélenchon, líder da esquerda, proclamou que a Nova Frente Popular “deve governar” e que os franceses “rejeitaram a pior solução”

Apesar das negociações que a coalizão de esquerda e o presidente devem fazer para governar a França, uma união de forças contra a extrema direita e o fascismo que dominou o 1º turno e as projeções para o 2º não ficou clara no discurso de Mélenchon.

Pelo contrário, o líder de esquerda declarou que “Macron deve se curvar e admitir que foi derrotado, e o primeiro-ministro [Gabriel Attal] deve ir embora”, acrescentou.

Por sua vez, Macron também pronunciou-se diante dos resultados prévios, e celebrou que o “bloco centrista está vivo” e pediu “cautela”, pois os resultados não respondem à questão de “quem deve governar”.

Já Jordan Bardella, que era cotado para ser premiê caso o RN obtivesse maioria, analisou que a legenda “alcançou o resultado mais importante de toda a sua história”, mas lamentou que “perigosos acordos eleitorais” tenham privado a população de uma “política de recuperação”.

O histórico pleito em território francês registrou a taxa de participação mais alta em 40 anos, com uma estimativa de 67% de eleitores que compareceram às urnas.

(*) Com Ansa